A Arábia Saudita está à espera de amealhar mais de 11,2 mil milhões de dólares com a sua oferta pública secundária na petrolífera Saudi Aramco. No entanto, o preço fica no plano mais reduzido.
O país vai colocar à venda um total de 1,545 mil milhões de ações da petrolífera estatal a 27,25 riais sauditas (6,73 euros), um valor mais baixo mas dentro do limite definido na semana passada: 26,70 a 29 riais sauditas (6,50 a 7,14 euros). Estima-se que o grande volume de ações seja colocado à venda no domingo.
No entanto, este valor fica 4% abaixo do valor a que a petrolífera estava a negociar na bolsa de valores saudita. Desde 30 de maio, quando anunciou a oferta secundária, os títulos da empresa perderam mais de 2% do seu valor.
A decisão em relação ao preço de venda do significativo número de ações chega num momento em que os preços mundiais de petróleo se encontram sob pressão devido à incerteza da procura. A OPEP anunciou o prolongamento dos cortes formais e voluntários no fornecimento.
Ainda assim, parece que a pressão no preço do petróleo não apagou o interesse na oferta da Aramco. A “Reuters” revelou que a oferta foi coberta entre quatro a cinco vezes acima das perspetivas, o que provocou uma procura internacional mais forte do que a verificada no IPO de 2019, quando a petrolífera angariou 29,4 mil milhões de dólares.
A atração da Saudi Aramco aos investidores acontece devido ao significativo pagamento de dividendos. A petrolífera oferece um rendimento de dividendos na ordem dos 6,81%, acima da Exxon Mobil e Chevron.
Atualmente, o governo saudita detém mais de 82% da Aramco, enquanto o Fundo de Investimento Público (fundo soberano do reino) tem 16%. Apenas 1,5% da empresa é negociada na bolsa de valores saudita, um movimento que acontece desde que começou a ser cotada em 2019.
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