O ex-ministro das Finanças da Alemanha e atual presidente do Bundestag, Wolfang Schäuble, mostra-se pouco confiante na capacidade dos Estados-membros executarem os programas de reformas que serão associadas aos planos de recuperação, podendo colocar assim em causa a capacidade do Fundo de Recuperação concretizar a missão de recuperar a economia europeia.
“Há uma falta de progresso real, uma falta de eficiência na execução [dos programas de reformas] nos Estados-membros”, disse, em entrevista ao Financial Times, publicada esta terça-feira, acrescentando que “estas dificuldades preocupam-me”.
Para Wolfang Schäuble a União Europeia demorou demasiado tempo centrada na dimensão e distribuição do Fundo de Recuperação, ao invés de discutir como “gastá-lo”.
“Devíamos ter definido há muito tempo em que áreas os Estados-membros deveriam investir esses fundos – inteligência artificial, digitalização, políticas de combate às alterações climáticas”, disse. “Espero que o possamos fazer mais rapidamente”, realçou.
Ao Financial Times, o ex-ministro alemão revelou-se ainda preocupado no controlo de como os Estados-membros irá executar as verbas, bem como com a possibilidade dos planos de alguns países não serem suficientemente ambiciosos.
“Sabemos muito bem quais são os passos urgentes que cada país deve dar para tornar a economia europeia mais forte, mais inovadora, dinâmica e capaz de competir globalmente”, vincou.
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