A instabilidade regulamentar e fiscal, aliada a uma perda na capacidade de produção imobiliária são considerados por Francisco Sottomayor dois dos principais desafios que o mercado nacional tem de resolver. Em entrevista ao Jornal Económico (JE), num momento em que a Norfin celebra 25 anos de atividade, o CEO da gestora de ativos imobiliários mostra-se preocupado com o “faz e desfaz de governos sucessivos”, que, no seu entender, cria um ecossistema de investimento que não é muito confortável.
Como viu a não implementação de uma data para a descida do IVA para 6% na construção?
Acho que é uma medida que tem um impacto relevante do ponto de vista fiscal e tem que ser analisada com cuidado. É uma medida que tem sido colocada em cima da mesa pelo sector há muito tempo e acho que pode ajudar a resolver a equação das famílias, porque o mercado da promoção imobiliária é supercompetitivo. Tenho ouvido algumas opiniões de que esta margem, esta redução do IVA, vai ficar nos promotores. Não acredito, porque é uma competição – diria, muito forte – pelos projetos, pelos terrenos e pelas áreas de desenvolvimento.
Podemos ver projetos parados a aguardar por essa descida?
Acho que pode haver essa tentação. O mercado é tão líquido neste momento que acho que não há nenhum investidor com capital na mão que deixe de comprar terreno com o objetivo de investir. Acho que pode haver um abrandamento do mercado, mas não acredito numa travagem.
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