[weglot_switcher]

Sector empresarial do Estado reduz dívida em 821 milhões de euros até setembro, segundo a UTAO

O relatório da UTAO também dá conta que o setor empresarial do Estado, no seu todo, viu reduzido o seu EBITDA (rendimentos antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) e o resultado líquido.
24 Fevereiro 2021, 21h08

O setor empresarial do Estado (SEE) reduziu o seu endividamento em 821 milhões de euros (ME) entre janeiro e setembro do ano passado, correspondendo a uma percentagem de 2,7%, segundo a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO).

De acordo com um relatório divulgado hoje pela unidade que dá apoio aos deputados da Comissão de Orçamento e Finanças (COF), “o endividamento registado pelo conjunto de empresas públicas que integram o SEE (135 de um total de 149) diminuiu 821 ME (–2,7%) no período de janeiro a setembro de 2020”.

Dentro destas empresas, as não financeiras e Empresas Públicas Reclassificadas “reduziram os seus níveis de endividamento, enquanto as Empresas Públicas Financeiras e as Empresas Públicas Não Reclassificadas aumentaram homologamente deste indicador”, pode ler-se no documento a que a Lusa teve acesso.

As não financeiras “diminuíram o endividamento em 1.388 ME (– 5,0%)” e as reclassificadas “diminuíram o nível de endividamento em 1.121 ME (–4,6%)”, ao passo que as financeiras aumentaram a dívida em 567 ME (+22,6%) e as não reclassificadas em 300 ME (+5,0%).

O relatório da UTAO também dá conta que o setor empresarial do Estado, no seu todo, viu reduzido o seu EBITDA (rendimentos antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) e o resultado líquido.

“O nível de EBITDA registado pelo conjunto de empresas públicas que integram o SEE diminuiu 493 ME em termos homólogos, em resultado da quebra na receita total (–122 ME) e do aumento dos gastos totais (+371 ME)”, pode ler-se no relatório dos técnicos do parlamento.

A UTAO também assinala que “os resultados líquidos reduziram-se em 413 ME, passando de um valor positivo, mas próximo de zero (35 ME no 3.º trimestre de 2019) para um valor negativo (–378 ME)” em setembro do ano passado.

“Tendo em conta o perímetro orçamental para 2020, é de referir que o impacto negativo foi mais acentuado entre as empresas públicas não reclassificadas, as quais registaram uma quebra homóloga da receita total de 174 ME e um aumento dos seus gastos totais em 204 ME”, de acordo com o documento.

Já as empresas públicas reclassificadas para dentro do perímetro orçamental “também evidenciaram um maior nível de gastos (+167 ME), tendo, contudo, compensado parcialmente este facto com um maior nível de receita total (+52 ME)”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.