Na análise aos programas dos partidos com assento parlamentar, a SEDES – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social volta a insistir na necessidade de reformas estruturais, incluindo do sistema fiscal, que permitam elevar o PIB potencial para valores, pelo menos, em torno dos 4%, contra os atuais 2%. Objetivo: alcançar a convergência dos níveis de rendimento e produtividade, com os parceiros comunitários com melhor desempenho, num prazo razoável (dez anos, por exemplo). “Uma inequívoca ambição”, diz, que os objetivos macroeconómicos do Governo que vier a resultar das eleições devem ter subjacente.
“Isso só será possível mediante a adoção de reformas estruturais – precisamente as que permitem elevar o PIB potencial – que deverão ser bem identificadas, concebidas e aplicadas persistentemente”, defende a SEDES, salientando que “devem também ser bem explicadas, nas suas causas e nos seus efeitos, e ser acompanhadas de medidas temporárias de compensação daqueles que sofrem inicialmente impactos mais negativos dessas reformas”.
A recomendação da SEDES vem no sentido do apelo do antigo primeiro-ministro Passos Coelho que, na semana passada, em plena campanha eleitoral, sublinhou que é “preciso reformar” o país, Passos apelou ao “espírito reformista” do PSD e avisou que não chega ter “estabilidade política”. Um aviso que levou o líder do PS a reagir ao defender que as opções da direita, no passado, implicaram sacrifícios para os mais frágeis. A SEDES vinca, porém, que “só o aumento da produtividade e da riqueza permitirá o desejável aumento das remunerações” dos trabalhadores portugueses, cuja ambição não pode estar desligada da capacidade de realização de objetivos igualmente ambiciosos para o crescimento económico”.
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