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Segunda edição do programa de aceleração Blue Bio Value tem 15 startups candidatas

Portugal é o país mais representado, com cinco das empresas que apresentaram projetos ligados à bioeconomia marinha.
8 Outubro 2019, 22h00

A segunda edição do programa de aceleração de empresas ‘Blue Bio Value’, para empresas ligadas à bioeconomia azul, atraiu mais do dobro das candidaturas registadas em 2018, tendo sido apuradas 15 empresas de nove nacionalidades. Portugal é o país mais representado, com cinco das 15 startups participantes.

A Fundação Oceano Azul e a Fundação Calouste Gulbenkian anunciaram que deram esta terça-feira, dia 8 de outubro, a segunda edição do ‘Blue Bio Value’. Nesta nova edição, entre mais de 110 candidaturas apresentadas, foram selecionadas 15 startups de Portugal, Espanha, Dinamarca, Suíça, Itália, Canadá, Brasil, Reino Unido e Índia, segundo um comunicado conjunto das duas fundações.

Segundo o mesmo documento, ao longo das próximas cinco semanas, as empresas selecionadas irão validar a tecnologia que tem vindo a ser desenvolvida; adquirir competências de gestão e criar bases para o desenvolvimento de novos negócios sustentável e economicamente viáveis, para que possam competir num mercado global; e aceder a uma rede única de mentores, nacionais e internacionais, parceiros especialistas de várias indústrias e potenciais clientes e investidores.

“Ultrapassámos todas as expectativas que tínhamos, ao mais do que duplicar o número de candidaturas recebidas e conseguirmos atrair projetos de 21 nacionalidades diferentes, o que confirma a nossa convicção de que Portugal é um sério candidato à liderança na transição para uma bioeconomia azul, que acreditamos já estar a acontecer”, refere Miguel Herédia, da Fundação Oceano Azul.

Já para Filipa Saldanha, da Fundação Calouste Gulbenkian, “recebemos, nesta 2ª edição, uma enorme variedade de aplicações de mercado. Esta diversidade de propostas indica que a bioeconomia azul, que vem propor um novo modelo económico, é definitivamente um elemento-chave na transição para cadeias de valor mais sustentáveis, de vários setores económicos, tanto a nível nacional como a nível global.”

“Às ‘startups’ que participam no programa ‘Blue Bio Value’ serão ainda atribuídas ajudas de custo até ao montante de 7.500 euros. Adicionalmente a este apoio financeiro, as empresas que mais se destacarem, no decorrer da aceleração, poderão receber um prémio de 45.000 euros, para o desenvolvimento dos seus projetos”, esclarece o referido comunicado.

Promovido pela Fundação Oceano Azul e pela Fundação Calouste Gulbenkian, em parceria com a Fábrica de Startups, a Bluebio Alliance e a Faber Ventures, o programa Blue Bio Value conta ainda, na edição deste ano, com o apoio do Impact Hub e da ESB – Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica do Porto, que serão os anfitriões das empresas durante estas cinco semanas.

“Promotores e parceiros do programa acreditam que a bioeconomia azul terá um papel crucial na resposta a alguns dos maiores desafios que o mundo enfrenta atualmente. Algumas das ‘startups’ da presente edição já estão, aliás, a fazê-lo, investindo no desenvolvimento de soluções de bioremediação para tratamento de águas residuais, de produtos de cosmética produzidos com algas dos Açores, de biofertilizantes para a agricultura ou de ‘glitter’ natural e biodegradável”, destaca o comunicado em questão.

Em 2018, a primeira edição do programa Blue Bio Value acelerou 13 empresas de seis nacionalidades que adquiriram competências de gestão de negócio, acompanhados por mais de 40 mentores. Dos 13 projetos participantes, foram premiadas três empresas: uma holandesa e duas portuguesas.

“Apoiando empresas cujo modelo de negócio passa pela promoção de uma utilização mais saudável do oceano e pela sua sustentabilidade, a Fundação Oceano Azul e a Fundação Calouste Gulbenkian querem contribuir para que Portugal se torne num polo europeu relevante e inovador no desenvolvimento da mais moderna bioeconomia marinha. E assumiram o compromisso de investir pelo menos 1 milhão de euros nos três anos de implementação do programa ‘Blue Bio Value'”, deefendem as duas fundações.

O Blue Bio Value é um programa internacional de aceleração de projetos e ‘startups’ ligadas à bioeconomia azul que visa atrair projetos e ideias e transformá-las em oportunidades de negócio ao longo da cadeia de valor dos biorrecursos marinhos, incluindo biotecnologia, e que tenham como solução o desenvolvimento de produtos ou serviços sustentáveis, integrados em negócios viáveis.

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