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Seguradoras alertam que apenas 19% das habitações em Portugal têm cobertura de risco sísmico

A associação liderada por José Galamba de Oliveira reforça que é necessário criar um sistema de proteção para o risco catastrófico que proteja as pessoas e as suas habitações, relembrando que já apresentou por diversas vezes uma solução ao Governo e ao parlamento.
APS seguradoras
26 Agosto 2024, 12h34

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) alerta que apenas 19% das habitações em Portugal têm seguros com cobertura de risco sísmico, reforçando que é necessário criar um sistema de proteção para o risco catastrófico que proteja as pessoas e as suas casas.

“A APS, em representação das empresas de seguros suas associadas, congratula-se com o facto do sismo ocorrido hoje não ter provocado danos pessoais nem materiais, mas reforça a mensagem, que tem passado ao longo de largas dezenas de anos, de que é necessário criar um sistema de proteção para o risco catastrófico que proteja as pessoas e as suas habitações”, afirma num comunicado divulgado esta segunda-feira depois de o país ter registado um sismo de 5,3, sem causar danos pessoais ou patrimoniais.

“Não estamos perante uma mera incerteza, mas sim perante um verdadeiro risco, de ocorrência certa, em momento incerto”, refere a APS, frisando que, em Portugal, “47% das habitações não tem qualquer seguro, 34% têm seguro de incêndio ou multirriscos, mas sem cobertura de risco sísmico e apenas 19% têm seguro com cobertura de risco sísmico”.

Há, por isso, “um enorme caminho a percorrer para que o parque habitacional seguro tenha o mínimo de proteção contra este tipo de eventos”, diz, relembrando que “Portugal encontra-se numa zona sísmica e já foi seriamente afetado por um dos maiores sismos de que há registo”.

“O sector segurador, com a experiência que tem na gestão deste tipo de eventos, fruto do seu modelo de operação assente na mutualização e partilha de riscos e perdas a nível mundial,  está disponível para dar o seu contributo, e já por diversas vezes apresentou ao Governo e ao Parlamento uma solução possível de proteção de pessoas e habitações”, afirma a associação liderada por José Galamba de Oliveira.

A APS espera que o sismo “seja determinante para acelerar a decisão de criação de um mecanismo que ajude os cidadãos a enfrentar e mitigar as perdas que um sismo de grande intensidade pode causar no nosso país, contribuindo, dessa forma, para o restabelecimento da normalidade possível da vida das pessoas após a ocorrência deste tipo de acontecimentos”.

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