A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social Ana Mendes Godinho revelou que “entraram na Segurança Social Mais 80.700 pessoas”, em entrevista à Rádio Renascença e ao Público.
“O número de Segurança Social na Hora, criado em janeiro, abrangeu até ao momento 80.700 pessoas, ou seja, pessoas que estavam fora do sistema de Segurança Social e que entraram no sistema”, apontou Ana Mendes Godinho, referindo-se a um aumento de duas mil pessoas em junho.
Ana Mendes Godinho garantiu também que “a Segurança Social fez ações no terreno com a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) para garantir que os trabalhadores estavam cobertos pelo sistema de proteção social. Um dos riscos que temos é a informalidade de muitas situações laborais que levam a que as pessoas fiquem desprotegidas”. A ministra concretiza que “a Segurança Social fez estas ações, por exemplo, na agricultura e na construção civil para garantir que os trabalhadores estavam todos cobertos e incluídos no sistema de proteção social”.
Sobre as estratégias para o desemprego, Ana Mendes Godinho explicou que existem “três dimensões de medidas de apoio, as diretas de apoio às empresas para manutenção dos postos de trabalho, instrumentos financeiros de apoio à liquidez das empresas; medidas do IEFP de apoio à contratação e à reconversão; e apoio à dinamização de atividades económicas”.
No âmbito da dinamização de atividades económicas, a ministra do Trabalho destacou “o programa de acessibilidades em 100 espaços de serviços públicos na Saúde e na Segurança Social para serem inclusivos. É um sinal de que aproveitamos esta circunstância para gerarmos atividade criadora de emprego”.
Lay-off simplificado abrange 860 mil trabalhadores
Quanto ao lay-off simplificado, Ana Mendes Godinho sublinhou que “tivemos 107 mil empresas abrangendo 860 mil trabalhadores. Nas prorrogações, verifica-se uma diminuição quer do número de empresas, quer do número de trabalhadores – temos menos 20%”.
“Se olharmos por atividade económica, vemos em primeiro lugar empresas da área da restauração e alojamento, 23%, as do comércio representavam 22% e as indústrias transformadoras ocupam uma percentagem de 10,2%. Nos pedidos de prorrogação, verifica-se menos 45% de trabalhadores das empresas da indústria transformadora, o que reflete a retoma da atividade. Temos menos 38% dos trabalhadores do comércio e menor diminuição nas atividades de restauração e alojamento onde se sentem efeitos mais evidentes”, destacou Ana Mendes Godinho.
A ministra do trabalho lembrou ainda que “uma das grandes preocupações é a manutenção do emprego e a evolução dos números de desemprego. Se compararmos com o início de março temos mais 93 mil pessoas inscritas nos centros de desemprego”. “Verifica-se agora uma desaceleração. Nos números analisados no final de junho, temos mais 2 mil desempregados inscritos em Portugal continental em comparação com o mês de maio”, acrescentou.
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