Há um ano, em agosto de 2019, a Segurança Social registava um excedente orçamental de 2.041,1 milhões de euros, pelo que o saldo orçamental recuou em 2.127 milhões de euros.
Segundo um comunicado do gabinete a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, o défice registado em agosto de 2020 “deve-se essencialmente às medidas adotadas durante a pandemia por Covid-19 e reflete um aumento da receita efetiva de 58,4 milhões de euros e um aumento da despesa efetiva 2.185,4 milhões de euros face a agosto de 2019”.
As medidas excecionais relacionadas com a Covid-19 significaram um aumento da despesa da Segurança Social de 1,3 mil milhões de euros.
O Ministério do Trabalho sublinha ainda que o défice “é temporário e deixará de se observar assim que se efetivem as transferências do OE [Orçamento do Estado] para financiamento das medidas covid-19, conforme previsto no Orçamento Suplementar”.
Em agosto, a receita da Segurança Social subiu 0,3% face ao período homólogo para 19.433,6 milhões de euros, um crescimento motivado sobretudo pelo aumento das transferências correntes da Administração Central em 399,6 milhões de euros e das transferências do exterior em 31,6 milhões de euros (mais 4,2% do que no período homólogo).
“As contribuições para a Segurança Social registam um decréscimo de 2,1% (-250,4 milhões de euros), apesar de, em termos homólogos mensais, a cobrança estar a recuperar pelo terceiro mês consecutivo, tendo em conta o pico de quebra de 15,9% registado em maio, que se reduziu para 0,2% em agosto”, informa a DGO.
Já a despesa aumentou 12,6% em agosto, isto em termos homólogos, para 19.519,5 milhões de euros. O aumento prende-se uma vez mais com as medidas relacionadas com a Covid-19, que resultaram num acréscimo de 1.298,6 milhões de euros.
Também a despesa com pensões e complementos cresceu 3,5% em termos homólogos, para 11.499 milhões de euros, enquanto o aumento da despesa com prestações de desemprego foi de 20,5% para 963,4 milhões de euros. O aumento homólogo da despesa com a prestação social para a inclusão (PSI) foi de 25,1% para 273,4 milhões de euros e a despesa com o subsídio e complemento por doença cresceu 17% para 481,1 milhões de euros.
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