Como deve ser encarado um seguro de vida? Proteção, poupança ou ambos?
Um seguro de Vida deve ser encarado como proteção e como poupança. Tendo sempre como objetivo a proteção financeira dos clientes de uma forma muito abrangente, o seguro de vida pode ser encarado como proteção na obtenção de capital em momentos de doença grave, incapacidade ou morte, mas também como uma conta-poupança em que o valor é devolvido ao segurado ao fim de um determinado período de anos.
Faz sentido voltar a falar de rendas vitalícias nos seguros numa altura em que os juros estão a subir e a inflação está elevada?
Há uma grande instabilidade dos mercados financeiros, a pandemia ainda não terminou e, devido ao conflito Rússia-Ucrânia, a situação financeira e económica da Europa também está muito volátil. Por ora, a situação europeia e mundial ainda é muito incerta e pode ser prematuro voltar a ter esta discussão.
O que deve ter um seguro de vida para além do pagamento de um montante após a morte a os herdeiros? Deve incluir subsídios de hospitalização, cobertura de doenças graves e outras?
A grande maioria dos seguros de vida que existem no mercado português já incluem todas estas coberturas adicionais. No caso da Zurich as nove doenças graves que temos atualmente previstas são as seguintes: Acidente Vascular Cerebral, Cancro, Cirurgia das artérias coronárias, Demência – Parkinson e Alzheimer incluídas – Diabetes Mellitus, Enfarte Agudo do Miocárdio, Esclerose múltipla, Insuficiência renal crónica em hemodiálise e Transplante de órgãos vitais.
Um seguro de vida deve incluir proteções ao desemprego?
Na legislação portuguesa, a proteção ao desemprego não é uma cobertura específica do ramo Vida. Sendo um produto do ramo não Vida, na generalidade, o mercado segurador também disponibiliza esta proteção na sua oferta.
Devem as empresas incluir este benefício nas propostas aos seus colaboradores?
Os pacotes de benefícios para os colaboradores são um dos fatores diferenciadores com que as empresas se têm preocupado muito nos últimos anos, como forma de reter e atrair talento e, também, de promover o bem-estar. O seguro de saúde, o seguro dentário, o seguro de vida ou o Plano Individual de Reforma, são apenas alguns exemplos do que as empresas disponibilizam aos seus colaboradores. Em Portugal, a proteção ao desemprego ainda não é prática comum, mas os dados que temos indicam-nos que esta discussão tem de ser muito mais alargada. No ano passado, quando lançámos o nosso estudo Workforce Protection, sugerimos a revisão da proteção dos colaboradores e a criação de um novo contrato social, que terá de passar por uma ampla cooperação entre governos, empregadores, seguradores e comunidades no apoio aos desgastados sistemas de segurança social, para que estes possam assegurar uma resposta de proteção social mais flexível e segura, capaz de apoiar as pessoas ao longo da sua vida profissional.
Os particulares precisam de literacia financeira para perceber o que significa um seguro de Vida?
Não me parece necessário ter conhecimento específico para perceber a dinâmica dos seguros de Vida. Na minha opinião, a literacia financeira é muito mais importante na base da poupança, como por exemplo, em casa, nas idas aos supermercados, nas compras por impulso e em muitas outras. Quando a preocupação está a este nível, a importância da poupança mensal e dos seguros de Vida e planos poupança reforma surgem de forma natural. A categoria poupança do nosso blog Mundo Z, onde partilhamos vários artigos sobre poupança, é a mais lida mensalmente e isto é um sinal de que há procura e curiosidade por este tema.
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