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Sem turistas ingleses, situação da indústria do golfe “vai ser dramática”

Decisão de Boris Johson pode provocar perdas de mil milhões de euros só nos meses de julho e agosto no setor do turismo. Presidente do Conselho Nacional da Indústria do Golfe “estranha” opção do Reino Unido, mas não crê em teorias da conspiração e admite que podem ter existido falhas do Governo de Portugal.
12 Julho 2020, 16h00

A decisão do Reino Unido em colocar Portugal fora da lista dos corredores aéreos deixou o setor do turismo português ainda mais debilitado do que já estava face à pandemia do coronavírus. “Estamos a falar de um mês de julho e de agosto na ordem dos mil milhões de euros de perda”, garante, em declarações ao Jornal Económico, Luís Correia da Silva, presidente do Conselho Nacional da Indústria do Golfe (CNIG), que representa uma modalidade cujas receitas em Portugal dependem 85% de cidadãos estrangeiros, com a particularidade de 70% serem de origem britânica.

Face à decisão tomada pelo primeiro-ministro Boris Johnson, a presença de turistas ingleses em julho e agosto “parece estar fortemente condicionada”. O responsável do CNIG considera, por isso, fundamental que os golfistas possam vir a Portugal em setembro, outubro e novembro. “Esses meses são a época alta para o turismo do golfe. Se não tivermos os turistas ingleses nestes meses, pela impossibilidade de alterar esta decisão, não tenho dúvidas de que a situação da indústria do golfe vai ser dramática e ter um impacto brutal. Estamos a falar de perdas de receita entre 85% a 90% face ao ano passado, o que é devastador para a economia destas empresas”, refere.

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