A bolsa de Lisboa seguiu a tendência de sentimento indefinido que se viveu entre as principais congéneres europeias na sessão desta segunda-feira. O impasse nas negociações sobre as tarifas entre UE e EUA, assim como dados macro de relevo, as contas de gigantes empresariais e a reunião do BCE estão sob o olhar dos mercados.
Entre índices de referência das principais praças europeias, as sensações foram mistas, marcadas por mexidas muito leves. Por um lado, registaram-se incrementos de 0,23% em Itália, 0,21% em Espanha e 0,04% na Alemanha. Ao mesmo tempo, houve recuos de 0,39% em Itália e 0,31% em França, ao mesmo tempo que o índice agregado Euro Stoxx 50 perdeu 0,33%.
Em Lisboa, o índice PSI recuou 0,03% até aos 7.671 pontos. A Galp liderou as valorizações, ao ganhar 1,80%, até aos 16,15 euros por ação, depois de apresentar os resultados do primeiro trimestre, que dão a conhecer um recuo de 9% nos lucros. Seguiram-se a EDP Renováveis, que se adiantou 1,60% para 10,17 euros, assim como a EDP, que somou 1,52% e alcançou os 3,811 euros.
Em sentido oposto, a NOS contraiu 2,09% para 3,75 euros, ao passo que a Jerónimo Martins tombou 1,53% até aos 21,92 euros. Destaque ainda para o BCP, que derrapou 1,16% e ficou-se pelos 0,6644 euros, castigado pelo mau ambiente generalizado na banca europeia.
O sentimento foi de tal forma misto que as negociações oscilaram entre as leves subidas e descidas ao longo da sessão.
Por um lado, estão em causa as tensões geradas pela guerra comercial, sobretudo entre EUA e UE. Os dois maiores parceiros comerciais do mundo estão a negociar as tarifas comerciais de parte a parte, depois de Donald Trump ter feito saber que a administração norte-americana planeia aplicar uma tarifa de 30% caso as conversas entre as duas partes não cheguem a bom porto até ao dia 1 de agosto.
Para quinta-feira, estão reservados dados preliminares sobre a atividade na indústria e serviços da zona euro, Reino Unido e EUA, a par das decisões em matéria de política monetária do BCE. Acrescem ainda, ao longo de toda a semana, os resultados de gigantes empresariais dos mais variados setores, que vão apresentar resultados.
Posto isto, apesar da sessão morna que abriu a semana, são muitos os fatores que podem mexer intensamente com as bolsas no futuro mais próximo. Já nesta terça-feira, há reação aos resultados da Ryanair, Philip Morris, Coca-Cola e Unicredit, referentes ao segundo trimestre, assim como de outras cotadas com grande peso nos mercados, distribuídas pelos mais variados setores.
Já depois do fecho de Wall Street, a tecnológica SAP vai também apresentar contas.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com