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Semana de tarifas recíprocas abre com quedas nos mercados

As principais bolsas europeias registaram descidas expressivas na sessão de segunda-feira, fruto das incertezas sentidas pelos mercados no que diz respeito à economia global. Na base estão as mais recentes tarifas de Trump, que vão entrar em vigor na quarta-feira.
1 Abril 2025, 07h00

Os receios face à guerra comercial adensam-se e os mercados europeus ressentiram-se a abrir a semana. As principais praças europeias encerraram a sessão de segunda-feira em perda e Lisboa seguiu pelo mesmo caminho.

O índice PSI contraiu 1,23% e ficou-se pelos 6.865 pontos. As perdas foram lideradas pela EDP Renováveis, com uma queda na ordem de 3,20%, que deixou as ações nos 7,71 euros. Ao mesmo tempo, a Mota-Engil contraiu 2,91% para 3,406 euros, ao passo que os CTT recuaram 2,60% até aos 7,48 euros. O BCP perdeu 1,66% para 0,5554 euros.

Os títulos da Galp foram os que mais valorizaram, na ordem de 0,56%, o que os levou a encerrarem o dia nos 16,23 euros. Em causa estiveram aumentos no mercado petrolífero, que rondavam os 2,47% no barril de Brent e 2,87% no barril de crude, à hora de fecho das bolsas europeias.

No exterior, o sentimento foi similar, em face de receios dos investidores face à guerra comercial lançada pelos Estados Unidos. É já amanhã que as tarifas recíprocas, no que diz respeito às importações, vão entrar em vigor e isto resulta em inseguranças, visto que se trata do comércio internacional que envolve a maior economia do mundo.

No dia seguinte, quinta-feira, vão ser implementadas tarifas de 25% sobre os carros importados pelos EUA, que vão afetar em específico o mercado automóvel à escala global. De resto, também naquele setor foi visível o sentimento negativo, com descidas próximas de 3,50% e 2,10% nas ações da Volkswagen e Stellantis, respetivamente, na segunda-feira.

Neste contexto, surgem uma série de ameaças, do ponto de vista macroeconómico, que passam desde logo pela possibilidade de as pressões inflacionistas acelerarem, ao mesmo tempo que muitos analistas preveem um travão ao crescimento económico.

Entre os índices de referência, houve decréscimos de 1,77% em Itália, 1,58% em França, 1,26% em Espanha, 1,13% na Alemanha e 0,93% no Reino Unido.

Neste contexto, ganham peso os dados referentes à inflação, como é o caso dos que o Eurostat vai divulgar na manhã desta terça-feira. Depois de a inflação na zona euro subir 2,3% em fevereiro, face ao mesmo mês do ano passado (0,4% em cadeia), os mercados estão a apontar para uma desaceleração até aos 2,2% em março.

De resto, também esta terça-feira, vai ser conhecido o índice PMI Industrial nas principais economias da zona euro, assim como no total da área da moeda única. Já durante a tarde, os EUA vão divulgar o mesmo indicador, no que diz respeito à economia norte-americana. Ainda daquele lado do Pacífico, vão ser divulgados dados importantes no que diz respeito ao emprego.

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