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“Sérias dúvidas”. Pilotos pedem suspensão da privatização da SATA Internacional

O sindicato defendeu, em comunicado, a realização de um novo concurso para a privatização da SATA Internacional com critérios “mais robustos e exigentes”.
28 Novembro 2023, 11h14

O Sindicato dos Pilotos de Aviação Civil (SPAC) pediu a suspensão da privatização da SATA Internacional, mostrando “sérias dúvidas e preocupação” face a este processo, intenção que já foi transmitida numa carta aberta dirigida à administração da companhia aérea e ao Governo Regional dos Açores. A estrutura sindical pediu a realização de um novo concurso com critérios “mais robustos e exigentes”.

A SPAC junta-se também o SITAVA e pelo SNPVAC que exigem “uma maior defesa” dos interesses dos seus Associados e dos trabalhadores da companhia aérea, e também na defesa dos interesses dos Açores e da aviação comercial em Portugal.

“O reduzido número de concorrentes à privatização da SATA, apenas com dois consórcios a apresentar propostas, é motivo bastante para apreensão. Ao ser pouco disputada, esta operação levanta dúvidas sobre a sua efetiva atratividade no mercado e sobre a sua viabilidade futura, com efeitos diretos numa baixa valorização da Empresa, caso o negócio se concretize no atual cenário”, considera o SPAC.

Para o SPAC os dois consórcios que participaram no concurso têm um perfil empresarial “longe do que seria o mais desejável”.

A estrutura sindical sublinhou que um deles “integra parceiros que, pelo que se vai sabendo através da Comunicação Social, terão reputação bastante duvidosa” junto da indústria de transporte aéreo.

“Estes factos poderão limitar negativamente a capacidade da SATA de manter os seus elevados níveis de serviço no futuro, comprometendo a sua capacidade de crescimento operacional e comercial, impedindo-a de continuar a garantir emprego e a gerar de riqueza para a Região e para a economia nacional”, afirmou o SPAC.

O SPAC referiu que o processo de seleção do único concorrente que permanece na corrida “levanta igualmente dúvidas sobre a robustez e validade” deste concurso de privatização.

“Recebeu do Júri do concurso uma pontuação que consideramos ser insatisfatória (apenas 47 em 100 pontos possíveis), e aparenta uma capacidade de investimento questionável, algo que coloca em risco o desenvolvimento futuro da SATA Internacional, no mercado internacional fortemente competitivo em que opera”, alertou a estrutura sindical.

Face a isto o sindicato pede também “uma revisão aprofundada da operação e adoção de critérios de seleção mais rigorosos” para o perfil dos futuros investidores.

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