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Séries, notícias, gaming e cartões de crédito. O que anda a Apple a preparar (enquanto não chega o novo iPhone)

Apple Card, Apple, News+, Apple Arcade e Apple TV+. A ‘marca da maçã’, liderada por Tim Cook, anda ocupada enquanto prepara a chegada do novo iPhone.
27 Março 2019, 07h49

A Apple apresentou os novos serviços para os seus clientes, esta segunda-feira. Numa conferência realizada em Cupertino, na Califórnia, que teve direito a um direto na página da marca da maçã, Tim Cook apresentou as funcionalidades dos novos serviços: Apple Card, Apple, News+, Apple Arcade e Apple TV+.

Tim Cook ainda não apresentou nenhum iPhone este ano, mas para se redimir mostrou a mais recente e mais esperada criação, o cartão de crédito em conjunto com a Goldman Sachs. “A maior inovação nos cartões de crédito dos últimos 50 anos” foram as palavras de Tim Cook para descrever o novo serviço que vai estar disponível em aplicação tecnológica e em formato físico de titânio, que contém o chip.

Apple Card

Jennifer Bailey, vice-presidente da Apple Pay, ficou responsável pela apresentação integral deste novo serviço exclusivo. “O nosso objetivo é providenciar, a cada cliente, o nível de juros mais baixo da indústria”, disse Bailey, além disso o pressuposto deste serviço é ser usado mundialmente, sem câmbios dos pagamentos, sendo que a só é necessária a inscrição para começar a ser usado.

A responsável afirmou que os clientes vão conseguir controlar os seus dados através de categorias, devido à confusão da descrição com que os gastos aparecem atualmente, muitas vezes difíceis de identificar.

Apesar de este serviço completo ser uma novidade na empresa de Silicon Valley, a notícia mais aplaudida no Teatro Steve Jobs foi o ‘Daily Cash’. Esta funcionalidade significa que cada vez que um consumidor gasta dinheiro, a Apple devolve uma determinada percentagem. O cartão, emitido pela rede MasterCard, devolve 2% do dinheiro de volta sempre que o utilizador usar o dispositivo “Wallet app”, e 3% em música, séries ou filme. O lema deste serviço é “todos os dias, dinheiro para si”.

Uma notícia que vai deixar os consumidores satisfeitos é que na “Wallet app” vai existir uma funcionalidade que permite calcular os juros consoante a data, tanto a curto como a longo prazo. A Goldman Sachs anunciou ainda que vai manter os dados dos clientes privados.

Apple News+

O preço de 10 dólares (8,86 euros) engloba diversos jornais e revistas, onde estão incluídas ‘The Wall Street Journal’, ‘Los Angeles Time’ e a ‘Condé Nast’ que inclui publicações como Vogue e GQ. No entanto, o público presente no teatro e quem acompanhava o evento na internet deu por falta de grandes nomes como “The New York Times’ ou ‘Washington Post’.

De acordo com o ‘Financial Times’, este novo serviço está a ser lançado quatro anos depois da tentativa falhada de criar a loja que incluía jornais e revistas, Newsstand. Apesar de no início só ser divulgada nos Estados Unidos da América e no Canadá, o Reino Unido e a Austrália ainda devem receber a atualização do serviço ainda este ano. O preço de 10 dólares, no entanto, só entra em vigor no segundo mês de uso, visto que a empresa da maçã oferece o primeiro mês.

“Nós acreditamos no poder do jornalismo. Queremos contribuir para a indústria e para a sociedade”, afirmou Tim Cook no seu discurso. “A Apple News+ vai ser ótimo para os consumidores e para as publicações”.

Apple Arcade

Ainda que só seja lançado no final do presente ano em iPhones, iPads e Macs, o Arcade pretende recriar os salões de jogos antigos mas em formato digital.

Com mais de 100 jogos iniciais, e com novos a estrear todos os meses, a Apple Arcade dá acesso ilimitado a número de jogos que o consumidor pretenda jogar. Sony, Konami, Disney, Lego e  Monument Valley são alguns dos criados de jogos englobados neste novo serviço.

“O iOS tornou-se na maior plataforma de jogos do mundo”, ao mesmo tempo que sublinhava que mais de mil milhões de jogos já tinham sido descarregados para os dispositivos Apple. “Queremos tornar os jogos ainda melhores”.

Apesar de Tim Cook não ter revelado o preço final, já se sabe que no outono o serviço deve ser lançado em mais de 150 países. No entanto, a empresa prometeu que não vão existir anúncios durante os jogos.

A Apple foi a última companhia de Silicon Valley a expandir-se para o mundo virtual dos jogos na cloud. A Google revelou na semana passada o ‘Stadia’, enquanto a Amazon e a Microsoft ainda guardam, no segredo dos deuses, os seus projetos de jogos em cloud. Ainda assim, a Apple revelou que o seu serviço vai funcionar em modo offline, não necessitando de ligação à internet.

Apple TV+

Este serviço vai concorrer com a Netflix, Disney+, Amazon e HBO. No entanto, e apesar de ir ter produções próprias, a Apple TV+ não vai só contar com filmes, séries e documentários.

A presença de programas vai ser essencial para a existência deste serviço, mas não pela razão que os consumidores esperam. Ainda que não sejam programas de day-time, estes vão contar com a presença de personalidades bastante conhecidas do público. Jennifer Aniston, Reese Witherspoon e Steve Carell foram apresentar o seu próprio programa ao palco, onde pretendem opor a feminidade e masculinidade, em ‘The Morning Show’.

Steve Spielberg e J.J. Abrams também fizeram parte desta apresentação, onde Spielberg irá produzir o remake de ‘Amazing Stories’, dos anos 80.

A personalidade pela qual ninguém esperava era Oprah Winfrey. A executiva e personalidade televisiva apontou o facto de existirem 1,4 mil milhões de dispositivos ativos da Apple, como principal razão para trabalhar com a empresa. “A empresa representa uma genuína oportunidade de criar um grande impacto”.

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