Servdebt tem seis candidatos à compra da carteira de malparado de 1.350 milhões

Há seis investidores na corrida ao portefólio de crédito malparado da Servdebt, empresa portuguesa de gestão e recuperação de ativos, no valor global, nominal, de 1.350 milhões de euros.

A operação que foi batizada de “Projecto Solaris” é uma carteira própria da Servdebt. O Jornal Económico apurou que as propostas não vinculativas (non-binding offers) serão entregues na próxima quinta-feira, dia 19.

Os candidatos à compra do “Projecto Solaris” são a LCM Partners, a Cerberus, a Balbec-Lx Partners, a Arrow Global, a EOS Partners e a NorthWall Capital.

Só em Portugal o valor da carteira de crédito malparado soma 870 milhões de euros. Em Espanha a servicer portuguesa pôs à venda uma carteira de 480 milhões de euros.

O “Projecto Solaris” em Portugal é composto principalmente por crédito a particulares 620 milhões de euros e crédito a PME de 200 milhões, com tamanho médio de sinistro de seis mil euros.

Trata-se de uma operação de mercado secundário que está a competir com outras carteiras de NPL de grandes bancos, como CGD, Crédito Agrícola, Novobanco, Santander Totta, BCP, Banco Montepio e Bankinter/Universo.

Tal como o Jornal Económico noticiou em primeira mão, a Servdebt, empresa portuguesa de gestão e recuperação de ativos, mandatou a Alantra para vender uma carteira própria de crédito malparado (Non-Performing Loans, NPL) no valor global de 1.350 milhões de euros.

O portfólio de NPL que está à venda pela empresa liderada por Ana Esteves e Bruno Carneiro é composto essencialmente (mas não exclusivamente) de créditos sem garantia (unsecured).

Por outro lado, a Servdebt Capital Asset Management fechou na passada quarta-feira a compra de uma carteira de crédito improdutivo (Non-Performing Loan) ao Abanca, que foi designada de “Projeto Gaia”. Trata-se de uma carteira de cerca de 80 milhões de euros de créditos não produtivos (NPL) que constavam do balanço do Abanca em Portugal.

O “Projeto Gaia” é um portfolio de créditos unsecured, ou seja sem garantias, de particulares e Pequenas e Médias Empresas, do Abanca.