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Serviço Nacional de Saúde gera momento mais tenso do debate quinzenal entre André Ventura e António Costa

Referências do primeiro-ministro à “regressão lamentável” de André Ventura e à devolução de “esperança no futuro da Humanidade” após as preocupações do deputado do Chega com o Serviço Nacional de Saúde seguiram-se a pergunta sobre a posição do PS quanto ao enriquecimento ilícito.
  • Mário Cruz/Lusa
10 Dezembro 2019, 17h28

As perguntas do deputado único do Chega, André Ventura, sobre o estado do Serviço Nacional de Saúde (SNS), citando os deputados socialistas Sérgio Sousa Pinto e Ana Catarina Mendes antes de se referir ao despacho do secretário de Estado da Saúde, António Sales, que proíbe aos hospitais contratar mais trabalhadores em 2020 sem autorização prévia do Ministério da Saúde, provocaram o momento mais tenso do debate quinzenal dedicado ao Quadro Financeiro Plurianual da União Europeia 2021-2027, tendo o primeiro-ministro António Costa afirmado que a preocupação de Ventura com o SNS “devolve-nos a todos esperança no futuro da Humanidade”.

“Se queremos melhorar o SNS não podemos dizer que não se pode contratar mais pessoas”, dissera antes o deputado do Chega – que ouvira no início da sua intervenção António Costa negar que haja planos para resgatar familiares de jihadistas, algo que Ventura descrevera como “gastar dinheiro de Portugal em pessoas que continuam a querer matar-nos todos” -, perguntando “onde está a posição do PS quanto à matéria do enriquecimento ilícito”.

Sem responder diretamente a essa pergunta, o primeiro-ministro fez uma alusão às notícias sobre alterações em curso no programa do Chega, respondendo a André Ventura, sob fortes aplausos da bancada parlamentar socialista: “Convém que deste Governo só espere o que está no Programa de Governo, pois o nosso programa não muda semana sim, semana não, conforme as críticas que recebe.” E não terminou sem a referência à “esperança no futuro da Humanidade”, dizendo que desde a tese de doutoramento de Ventura, em que este criticava o “populismo penal”, o deputado do Chega sofreu uma “regressão lamentável”.

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