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Sete em cada dez portugueses não aplicam as poupanças

Os depósitos pagam virtualmente zero mas há vida para além destes produtos tradicionais, mesmo para investidores avessos ao risco.
31 Outubro 2016, 12h20

Se ter hábitos de poupança é importante, aplicar as poupanças não o é menos. De acordo com o segundo inquérito à literacia financeira, promovido pelo Conselho Nacional de Supervisores Financeiros, sete em cada dez portugueses mantém o dinheiro numa conta à ordem ou guardam o dinheiro em casa. Ou seja, recebem zero de juros. O que aliado à inflação significa que, não só o seu dinheiro não está a render, como está mesmo a perder poder de compra. É certo que os depósitos a prazo rendem quase nada atualmente, e que os portugueses são, por norma, conservadores. Mas mesmo para quem não prescinde de ter o seu capital garantido, saiba que existem opções. O Jornal Económico deixa-lhe aqui algumas alternativas, tendencialmente, com baixo risco, para as suas poupanças.

Olhar para a taxa de juro é importante mas não deve ser o único critério. Fatores como o risco, comissões ou flexibilidade de movimentação devem ser igualmente avaliadas na hora de contratar. Segundo o mesmo estudo, publicado no final da semana passada, “o conselho do funcionário ao balcão continua a ser o principal fator determinante da escolha dos produtos financeiros, a que se segue o conselho de familiares e amigos”. Resultados que mostram “a importância de reforçar a capacidade do cidadão de entender, comparar e decidir por si próprio”.

Entre os produtos que oferecem garantia de capital e asseguram um rendimento mínimo, destaque para os Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM) e para os seguros de capitalização. O produto do Estado garante uma taxa média de 2,25%, caso mantenha a aplicação durante cinco anos. Mas mesmo que opte pelo resgate antecipado – só é possível ao final de 12 meses – a taxa oferecida no primeiro ano (1,25%) continua a ser atrativa face à generalidade dos depósitos. Também nos seguros de capitalização é possível encontrar ainda taxas mínimas garantidas superiores a 2%. Mas ao contrário do que acontece nos CTPM, as comissões podem ser elevadas, além de que compensa igualmente manter o investimento no mínimo durante cinco anos, para aceder às condições favoráveis de tributação. Já se for um investidor menos avesso ao risco poderá optar por fundos de investimento ou ‘unit-linked’. Enquanto estes oferecem uma tributação mais favorável, os primeiros são produtos mais transparentes no que toca à política de investimento e à evolução do preço das unidades de participação.

 

 

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