Se ter hábitos de poupança é importante, aplicar as poupanças não o é menos. De acordo com o segundo inquérito à literacia financeira, promovido pelo Conselho Nacional de Supervisores Financeiros, sete em cada dez portugueses mantém o dinheiro numa conta à ordem ou guardam o dinheiro em casa. Ou seja, recebem zero de juros. O que aliado à inflação significa que, não só o seu dinheiro não está a render, como está mesmo a perder poder de compra. É certo que os depósitos a prazo rendem quase nada atualmente, e que os portugueses são, por norma, conservadores. Mas mesmo para quem não prescinde de ter o seu capital garantido, saiba que existem opções. O Jornal Económico deixa-lhe aqui algumas alternativas, tendencialmente, com baixo risco, para as suas poupanças.
Olhar para a taxa de juro é importante mas não deve ser o único critério. Fatores como o risco, comissões ou flexibilidade de movimentação devem ser igualmente avaliadas na hora de contratar. Segundo o mesmo estudo, publicado no final da semana passada, “o conselho do funcionário ao balcão continua a ser o principal fator determinante da escolha dos produtos financeiros, a que se segue o conselho de familiares e amigos”. Resultados que mostram “a importância de reforçar a capacidade do cidadão de entender, comparar e decidir por si próprio”.
Entre os produtos que oferecem garantia de capital e asseguram um rendimento mínimo, destaque para os Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM) e para os seguros de capitalização. O produto do Estado garante uma taxa média de 2,25%, caso mantenha a aplicação durante cinco anos. Mas mesmo que opte pelo resgate antecipado – só é possível ao final de 12 meses – a taxa oferecida no primeiro ano (1,25%) continua a ser atrativa face à generalidade dos depósitos. Também nos seguros de capitalização é possível encontrar ainda taxas mínimas garantidas superiores a 2%. Mas ao contrário do que acontece nos CTPM, as comissões podem ser elevadas, além de que compensa igualmente manter o investimento no mínimo durante cinco anos, para aceder às condições favoráveis de tributação. Já se for um investidor menos avesso ao risco poderá optar por fundos de investimento ou ‘unit-linked’. Enquanto estes oferecem uma tributação mais favorável, os primeiros são produtos mais transparentes no que toca à política de investimento e à evolução do preço das unidades de participação.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com