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Setor agrícola cada vez mais resiliente, dizem especialistas

Os empresários agrícolas têm um nível de formação elevado e estão afinados com o conhecimentos dos produtos financeiros.
27 Maio 2025, 15h50

O dinamismo e a resiliência da economia local, dos empresários e trabalhadores são condições fundamentais para o desenvolvimento e crescimento sustentado de Santarém. Esta foi uma das ideias chave no painel “Ferramentas para Crescer”, que decorre na cidade de Santarém, em mais uma edição da “Rota do Crescimento”, iniciativa que junta empresários, gestores e especialistas para debater os principais desafios e oportunidades do crescimento empresarial em Portugal.

Esta mesa redonda contou com Rui Garcia, Trade Finance Product Manager do Crédito Agrícola, Ricardo Conde, diretor comercial da zona centro da Sabseg e Manuel Durães Rocha, sócio da Abreu Advogados. “A agricultura é o nosso core business e cada vez mais temos presença nestas regiões, com uma quota de mercado de 33% no setor agrícola”, diz Rui Garcia. O especialista sublinha ainda que os “empresário agrícolas têm um nível de formação elevado e estão afinados com o conhecimentos dos produtos financeiros”. Hoje em dia, o Crédito Agrícola, dá várias ações de formação pelo país sobre as ofertas financeiras para os diversos setores de atividade.

Sobre o contexto internacional, com o conflito na Ucrânia e a inflação, os números do agronegócio tem sido resiliente. “Estamos a falar num crescimento de 3% ano, com as exportações nestes setores a aumentar”, explica Rui Garcia, Trade Finance e Product Manager do Crédito Agrícola.

Para Ricardo Conde, diretor comercial da zona centro da Sabseg, qualquer linha de negócio é extremamente importante e procuram ter cada vez mais soluções neste mercado. “temos mais oferta e oportunidades para oferecer aos nossos clientes. Há cada vez mais a preocupação dos empresários em terem coberturas mais alargadas para ter alguma liquidez em períodos de inatividade”, explica o responsável.
Nesse sentido, a Sabseg tem conseguido expandir-se, estar com os clientes e perceber as melhores soluções para eles. “A instabilidade e o Trump levam a que os nossos clientes tenham necessidade de procurar novos mercados e nós temos soluções. Há cada vez mais seguros de crédito”, exemplifica.

Já Manuel Durães Rocha, sócio da Abreu Advogados, sublinha que a Sociedade tem um forte gosto pela agricultura e indústria alimentar. “É sempre um forte gosto envolvermo-nos com o setor primário”, afirma o advogado, salientando o conhecimento que a Abreu Advogados leva aos clientes. “Temos uma newsletter quinzenal para o setor primário, em que apresentamos as novidades legais quer a nível português ou europeu a todos os destinatários”, explica Manuel Durães Rocha.

A Abreu Advogados, que começou com uma equipa de três advogados ligados a esta área, já conta com 10 colaboradores. “Temos vários jovens advogados envolvidos”, diz o advogado. Ao nível comunitário, Manuel Durães Rocha salienta que “há regras própria da indústria agrícola e as regras próprias do ambiente. As vezes há uma tensão que não deve haver. O empresário agrícola é o melhor cuidador da sua terra”.

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