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Setor da construção imobiliária continua arriscado para os bancos

A Crédito y Caución analisa o setor da construção a nível mundial e detecta que subsistem riscos para o setor bancário que o financia.
10 Março 2020, 13h37

A construção continua a ser um risco para os bancos, segundo o mais recente relatório da Crédito y Caución analisa o desempenho do setor da construção a nível mundial.

De acordo com as conclusões apresentadas, em todo o mundo o setor enfrenta níveis de concorrência elevados, margens reduzidas, atrasos nos pagamentos por parte dos compradores públicos e taxas de insucesso empresarial acima da média.

“Os longos prazos de pagamento, os problemas de fluxo de caixa e a debilidade financeira dos pequenos operadores no setor da construção são um problema em quase todos os mercados”, salienta o relatório.

A construção continua a ser um setor cíclico cujo rendimento está estreitamente ligado ao crescimento económico de um país. “Os riscos de baixa nas previsões económicas mundiais, que poderiam afetar negativamente os investimentos e a confiança em todos os mercados, afetariam, em última instância, os resultados do setor da construção em muitos países”, acrescenta a Crédito y Caución.

Em Espanha, o relatório prevê que o crescimento do setor abrande em 2020 e 2021, em consonância com o menor crescimento económico.

O risco de crédito deteriorou-se em especial no segmento da construção residencial, num contexto de margens muitos estreitas, forte concorrência e incertezas relacionadas tanto com a evolução dos preços de venda como com a procura. A duração média dos prazos de pagamento em Espanha é elevada, em torno dos 100 dias.

O relatório salienta que os níveis de incumprimento e de insolvência aumentaram desde o segundo semestre de 2019 e situam-se já muito acima dos registados noutros setores de atividade.

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