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Catarina Martins: “Setores que lucraram com a crise devem ser chamados a contribuir”

Bloco de Esquerda irá viabilizar o OrçamentoSuplementar na generalidade, mas a aprovação depende de “afinamentos”. Energéticas, grande distribuição e seguradoras estão na mira de Catarina Martins.
12 Junho 2020, 07h36

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) prevê que nada mude no Ministério das Finanças com a substituição de Mário Centeno por João Leão, que irá defender o Orçamento Suplementar na quarta-feira. Para a discussão na especialidade ficam prioridades dos bloquistas, que querem aproximar o lay-off de 100% de salário e estender o complemento de estabilização aos trabalhadores precários que ficaram sem rendimentos no início da pandemia.

Teve uma surpresa na manhã de terça-feira ou percebeu que a reunião sobre o Programa de Estabilização Económica e Social (PEES) era a última com Mário Centeno enquanto ministro das Finanças?
Não foi uma surpresa para o BE, nem para ninguém. A vontade de Mário Centeno sair já era conhecida há algum tempo e depois do episódio da injeção no Novo Banco, antes da auditoria, ficou claro que iria acontecer e que o ministro faria apenas o Orçamento Suplementar.

Consegue fazer um balanço globalmente positivo do trabalho dele?
Teria sido possível ir mais longe na recuperação de salários e de investimento. Essa divergência é conhecida. E ele fez sempre previsões muito aquém para depois ter números ótimos de défice como se fosse uma grande surpresa. Negociávamos orçamentos em condições muito pessimistas em relação ao que ele sabia que poderia acontecer. Mas aquilo que combinámos foi genericamente cumprido e essa relação de confiança é importante.

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