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Shein ambiciona tornar-se pública nos EUA mas enfrenta vários obstáculos

As ambições de se estrear no mercado norte-americano foram prejudicadas pelos laços da empresa com a China, juntamente com as crescentes alegações de que utiliza trabalho forçado na sua cadeia de abastecimento, viola as leis laborais, prejudica o ambiente e rouba designs de artistas independentes.
19 Outubro 2023, 16h51

Uma das maiores lojas online de fast fashion, Shein, já demonstrou as suas ambições de fazer uma oferta pública inicial (IPO), no entanto a empresa chinesa de fast fashion vai ter de ultrapassar uma série de obstáculos para poder conquistar Wall Street.

Segundo o jornal ‘CNBC’ a loja online ganhou popularidade durante a pandemia, quando muitos consumidores se apaixonaram pelos designs modernos, a variedade e os preços baixos. A empresa tem uma avaliação de 66 mil milhões de dólares e contratou o  ex-banqueiro de investimentos do Bear Stearns, Donald Tang, para ser o presidente executivo da empresa e o rosto público.

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À medida que a Shein procura passar de uma empresa de t-shirts de cinco dólares a uma potência global equipada para competir com as gigantes do retalho, há muito tempo que existem rumores de que o seu objetivo final é realizar uma oferta pública.

No entanto, enquanto tenta coroar a sua ascensão meteórica com uma estreia no mercado dos Estados Unidos, essas ambições foram prejudicadas pelos seus laços com a China, juntamente com as crescentes alegações de que utiliza trabalho forçado na sua cadeia de abastecimento, viola as leis laborais, prejudica o ambiente e rouba designs de artistas independentes.

A Shein está a tomar medidas para resolver todas estas questões e mostrar aos reguladores americanos e ao Congresso dos Estados Unidos que é confiável para abrir capital neste país, onde o escrutínio das empresas fundadas na China se intensificou nos últimos anos. A empresa tem enfrentado uma pressão crescente por parte dos legisladores, incluindo uma investigação do recém formado Comité Seleto da Câmara sobre o partido comunista Chinês, e viu-se apanhada na rivalidade geopolítica entre os Estados Unidos e Pequim.

Se a Shein conseguir ultrapassar todas as barreiras e ao mesmo tempo manter a estratégia que impulsionou o seu sucesso, poderá tornar-se uma vencedora em Wall Street, segundo afirmou um consultor do retalho ao jornal ‘CNBC’.

 

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