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SIC angaria 51 milhões de euros em empréstimo obrigacionista. Procura chegou aos 200 milhões

Os resultados da oferta pública de subscrição das “Obrigações SIC 2019-2022” foram apresentados esta sexta-feira. Cerca de 10.500 investidores subscreveram às obrigações da SIC e quiseram investir 200 milhões de euros. “Vamos alongar a maturidade média da nossa dívida”, revelou Francisco Pedro Pinto Balsemão, CEO do Grupo Impresa.
5 Julho 2019, 16h43

A SIC emitiu 51 milhões de euros em obrigações, mas as a procura quis investir cerca de 200 milhões de euros. As “Obrigações SIC 2019-2022” têm maturidade até 2022 e os cerca 10.500 investidores terão uma remuneração fixa bruta de 4,5%.

Com os 51 milhões de euros encaixados, a Impresa vai “alongar a maturidade média da nossa dívida”, anunciou o CEO do Grupo Impresa, dona da SIC, Francisco Pedro Pinto Balsemão. “Vamos substituir linhas de curto prazo com linhas de médio e longo prazo”, revelou. “A gestão do encaixe financeiro vai ser vai ser gerido à medida das nossas necessidades correntes e de gestão da nossa tesouraria. “

Os resultados da oferta pública de subscrição das “Obrigações SIC 2019-2022” foram apresentados esta sexta-feira e a operação registou uma procura válida de 199,769,190 euros (cerca de 200 milhões de euros).

Assim, a procura superou em cerca de sete vezes o valor da oferta inicial, que tinha um montante de 30 milhões de euros. Depois, a SIC aumentou a oferta para 51 milhões de euros, sendo que também aqui a procura superou em cerca de quatro vezes o valor desta oferta final.

“Foi um procura significativa” salientou Filipa Franco, head of listing da Eurnonext Lisbon.

O número de investidores ascendeu a 10.426, o que, segundo a Euronext Lisbon, representa “o maior número de investidores numa emissão de dívida corporate em Portugal nos últimos seis anos”. Do universo de subscritores, cerca de 9.500 investiram dez mil euros.

Apesar da rapidez do processo, que se iniciou a 13 de maio quando a SIC teve a primeira reunião com a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, este empréstimo obrigacionista “não foi um passeio no parque”, revelou o CEO do Grupo Impresa.

Isabel Ucha, presidente da Euronext Lisbon, disse que se tratou de uma “operação relevante”, por “foi realizada por subscrição pública atraindo cerca de 10.500 subscritores individuais”.

Além disso, a presidente da Euronext frisou “interesse da operação junto da comunidade de investidores” porque a operação “colocou um montante relevante superior ao que inicialmente tinha sido previsto”. “E demonstra que os mercados de capitais têm mecanismos de financiamento para empresas de diversos setores e diferentes características”, disse.

A liquidação da oferta vai realizar-se no dia 10 julho, data a partir da qual os títulos serão admitidos na Euronext e disponíveis para negociação.

A operação foi montada pela Caixa Geral de Depósitos e pelo Novo Banco, tendo a assessoria jurídica ficado a cargo da sociedade Vieira de Almeida.

(atualizada às17h17 com declarações dos intervenientes)

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