O secretário-geral adjunto do Partido Socialista (PS), José Luís Carneiro, considera “muito importante” que os partidos aproveitem “a oportunidade única” para apresentar propostas para a aplicação dos fundos europeus. José Luís Carneiro lamenta que, até ao momento, os partidos da oposição à direita não tenham apresentado qualquer ideia e desafia-os a apresentarem propostas até ao final de agosto.
“É surpreendente que até agora não se conheçam ideias, propostas, críticas construtivas para o aperfeiçoamento dessa proposta [de aplicação dos fundos comunitários] da parte da oposição de direita”, afirmou José Luís Carneiro, à margem de uma visita ao Museu Municipal de Lagos e à Igreja de Santo António, no distrito de Faro.
O vice-presidente da bancada parlamentar do PS diz que é “muito importante” que os partidos e as forças sociais e económicas valorizem “esta oportunidade única, apresentando propostas e formulando as suas críticas”, referindo-se ao acordo conseguido em Bruxelas pelo primeiro-ministro, António Costa, que garante 45 mil milhões de euros de fundos comunitários para os próximos anos e o reforço dos apoios europeus para a economia do Algarve.
“O país precisa de uma oposição com uma visão para o futuro. Uma oposição com ideias e com propostas. Uma oposição que diga com o que concorda e que diga com o que discorda. O silêncio de hoje tornará inoportunas críticas que venham a ser feitas no futuro”, avisou.
O dirigente socialista disse ainda que, numa semana em que foi aprovado por Bruxelas “o Banco Português de Fomento e em que ficou disponível a linha de financiamento de mil milhões de euros para apoiar as micro, pequenas e médias empresas, não foi possível deixar de estranhar o silêncio da oposição”.
José Luís Carneiro desafiou ainda os partidos da oposição e a sociedade civil a contribuírem para o plano estratégico de recuperação do País, que se encontra em discussão pública até ao fim do mês e terá “reflexos” na preparação do Orçamento do Estado e nas políticas plurianuais “que terão que ser desenvolvidas”. Sublinhou ainda que o uso dos dinheiros públicos, nacionais e europeus, deve ser feito com “o máximo de zelo e de transparência”.
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