O coordenador regional do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e das Telecomunicações (SNTCT), José Santos, admite ao Económico Madeira que a estrutura sindical teme que sejam encerradas mais lojas dos CTT, na Madeira, depois da empresa ter confirmado o fecho da do Arco da Calheta.
“O sindicato está contra o encerramento da loja no Arco da Calheta e contra qualquer fecho que ponha em causa o serviço público”, esclarece José Santos ao Económico Madeira acrescentando que “já se ouve falar em mais fechos” de lojas dos CTT.
O responsável pelo SNTCT, na Madeira, mostra ainda preocupação com a situação da loja dos CTT no edifício da Gulbenkian em que o contrato de aluguer do espaço expira em outubro. “A empresa pode renovar ou adquirir o edifício”, diz José Santos.
Apesar dessas possibilidades José Santos explica que “ainda não se sabe” para onde se vai deslocar os trabalhadores dessa loja, sendo de referir que pelo menos o centro operacional dos CTT vai ser transferido para o Tecnopolo.
José Santos manifestou ainda a sua preocupação com uma distribuição de dividendos de 72 milhões de euros quando a empresa apresentou lucros de 62 milhões de euros. “Nenhuma empresa aguenta isto”, diz o coordenador do SNTCT.
O sindicalista explica ainda que o setor da distribuição dos CTT, na Madeira, pode também sofrer cortes nos postos de trabalhos.
Nos desenvolvimentos mais recentes, e apesar do encerramento anunciado pelos CTT, foi encontrada uma solução para a Calheta. A Câmara Municipal da Calheta e a junta de freguesia do Arco da Calheta conseguiram assegurar o funcionamento de uma loja dos CTT.
O acordo passou pela cedências das instalações da junta de freguesia, que ficam bem próximas da loja dos CTT que vai ser encerrada pela empresa de correios, de forma a assegurar a prestação de serviços.
Apesar desta solução não vai estar disponível o serviço de reembolso do subsídio de mobilidade de acordo com as declarações, ao Económico Madeira, de Carlos Teles, presidente da Câmara Municipal da Calheta.
Os CTT confirmaram o encerramento de 22 lojas onde se inclui a do Arco da Calheta a 2 de janeiro. Em dezembro a empresa já tinha anunciado um plano de reestruturação que prevê a redução de 800 trabalhadores nas áreas de operações até 2020.
O plano de reestruturação vai levar ao encerramento das lojas dos CTT do Socorro, Junqueira, Filipa de Lencastre, Olaias (Lisboa), Camarate (Loures), Aldeia de Pai Pires (Seixal), Lavradio (Barreiro), Alpiarça (Santarém); Alferrarede (Abrantes), Asprela, Areosa, Galiza (Porto); Riba d’Ave (Vila Nova de Famalicão), Termas de São Vicente (Penafiel), Paços de Brandão (Santa Maria da Feira), Freamunde (Paços de Ferreira), Araucare (Vila Real), Universidade (Aveiro), Barrosinhas (Águeda); bem como Avenida (Loulé) são as lojas previstas encerrar em Portugal Continental, nas regiões autónomas estão previstos dois encerramentos: Calheta (Ponta Delgada) e Arco da Calheta (Madeira), de acordo com o Dinheiro Vivo.
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