O Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Altice (STPT) está preocupado com a venda dos 50,01% da FastFiber ao Morgan Stanley Infraestruture Partners.
“Cada vez mais pressionado pelos obrigacionistas e credores Patrick Drahi começa a desbaratar ativos importantes da Altice também em Portugal”, refere o sindicato dos trabalhadores da Altice Portugal.
“Tendo também já alienado as torres de telecomunicações, e tentado alienar o Data Center da Covilhã, cria-se assim o cenário da venda a Retalho de ativos importantes da Altice em Portugal”, acrescenta o STPT.
“Pretende agora o principal fundador da Altice alienar a parte maioritária da Fast Fiber pertencente à Altice Portugal (em 2020 já tinha vendido 49,9% desta empresa à Morgan Stanley)”, refere o sindicato, referindo-se ao negócio noticiado pelo Jornal Económico na edição de sexta-feira.
Falhada a venda da Altice Portugal aos Árabes da Saudi Telecom, “agora a venda às fatias da empresa parece ser o caminho” diz o STPT que acrescenta que “este caminho trará dissabores e preocupações acrescidas aos trabalhadores quanto ao seu futuro de estabilidade no emprego e das condições e direitos contratuais garantidos nas empresas da Altice Portugal”.
O sindicato considera que a venda de activos importantes irá criar uma série de situações que dificultarão a continuidade e coesão da Altice Portugal.
“Assistiremos à diminuição da capacidade operacional, com a respectiva perda de receitas; ao impacto na competitividade face aos concorrentes, porque a confiança na empresa ficará claramente enfraquecida; à perda de controle sobre a qualidade dos serviços prestados aos clientes; e à consequente necessidade de reestruturação provocada pela venda de ativos, nomeadamente a possíveis despedimentos e mudanças significativas na cultura e coesão organizacional, o que naturalmente levará à afetação da moral e motivação dos trabalhadores reduzindo drasticamente a produtividade”, defende o sindicato.
“A venda de activos importantes irá aumentar o risco da perda de negócios futuros”, alerta o STPT que pede “cautela e ponderação necessária a tais iniciativas”, ao mesmo tempo que alerta o Governo para as consequências sociais e económicas que daí poderão advir.
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