Os sindicatos que representam os funcionários públicos saíram da reunião desta quarta-feira com a leitura de que o Governo não está aberto para ir mais longe e dar aumentos salariais extra acima de 1%. Em declarações aos jornalistas, Helena Rodrigues, do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) disse que o Governo “não fechou completamente a porta”, mas explicou que “acredita que não haverá abertura para um valor superior”.
“Claro que referimos ao Governo que seria sempre preferível que a atualização fosse de valor superior à inflação, para que não houvesse perda de poder de compra. O Governo não fechou a porta completamente, mas acreditamos que não terá abertura para valor superior a 1%”, sublinhou a sindicalista, em declarações transmitidas pela RTP 3.
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No final de outubro, o Governo assinou com duas das três estruturas sindicais que representam os funcionários públicos um acordo que, entre outros pontos, prevê um aumento salarial de 52 euros para os salários até 2.600 euros e de 2% para os ordenados que ultrapassem esse valor em todos os anos da legislatura em curso.
A inflação registada no último ano superou, porém, a estimativa que serviu de base a este entendimento, pelo que o Governo decidiu anunciar um reforço adicional dos ordenados do Estado de 1%.
Esta quarta-feira, o Governo apresentou essa proposta aos sindicatos, que desejavam aumentos mais expressivos, mas saíram do encontro com a leitura de que tal provavelmente não irá acontecer.
Por outro lado, Helena Rodrigues avançou que está em cima da mesa uma redução do número de pontos exigidos para progredir na carreira para os trabalhadores que tiveram congelamentos de 2005 a 2007 e 2011 a 2013. “São cerca 65% dos trabalhadores da Administração Pública”, frisou, sinalizando que a próxima reunião acontecerá no dia 5 de abril.
O STE quer ainda que o Governo reveja as ajudas de custo e Helena Rodrigues indicou aos jornalistas que o Governo não rejeitou à partida essa medida.
Além do reforço salarial, o Governo preparou para os funcionários públicos uma subida extra do subsídio de refeição, para seis euros diários. Em média, tal corresponderá a um aumento mensal de 18 euros.
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