Os sindicatos que representam os trabalhadores da Altice disseram hoje que as rescisões na empresa já abrangeram cerca de 200 pessoas, segundo um comunicado hoje divulgado.
As estruturas sindicais reuniram-se com a presidente executiva (CEO) da Altice, em 25 de junho, sobre “a transformação que vai acontecer na empresa”.
Segundo os sindicatos, “ainda não sabe qual vai ser o futuro do data center da Covilhã”, mas foram realizados “muitos investimentos na rede”, que “quer passar a ser um operador digital”, indicando ainda que o objetivo é “reforçar todos os segmentos de mercado”.
“Mas para os sindicatos, como lhe foi transmitido, tudo isto que a CEO pretende só se consegue com trabalhadores satisfeitos, valorizados e com melhores salários”, indicaram, sendo que, em relação aos trabalhadores a empresa “pretende apostar no talento, desenvolver competências, e no crescimento tecnológico” e que “para isso acontecer tem que haver mais agilidade organizacional”.
“Para a empresa é fundamental haver alterações de comportamento, é preciso servir mais e melhor e ter ambição. Não se pode continuar no paradigma do passado e nesse sentido a empresa criou uma equipa para esse fim”, indicaram.
Assim, referiram, “a empresa LHH-DBM vai ajudar os trabalhadores que queiram enveredar” por “RMA”, ou seja, rescisões por mútuo acordo.
“A empresa assume que nem todo o universo de trabalhadores se vai adaptar à mudança e nesse sentido vão dar incentivos para a reforma, plano de pré-reformas, saídas voluntarias e RMA (despedimentos negociados)”, lê-se no comunicado.
Os sindicatos indicaram que foi confirmado que “já rescindiram quase 200 trabalhadores, tendo como objetivo mais 400 trabalhadores e na generalidade sem subsídio de desemprego”.
Para as RMA, a base são “dois salários por cada ano”, dois anos “com direito ao plano de saúde” e dois anos de “plano de comunicações”, tendo “que ser demonstrado interesse até ao final do mês de julho”.
“A saída destes trabalhadores seja por despedimentos negociados ou por suspensão de contratos vai servir para investir em novos trabalhadores com mais competências, alteração das carreiras e potenciar em princípio novos salários”, disseram.
A Lusa contactou a Altice, que não quis comentar esta questão.
O comunicado foi assinado pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisuais (Sinttav), Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telecomunicações (SNTCT), o Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual (STT), o Sindicato Democrático dos Trabalhadores dos Correios, Telecomunicações, Media e Serviços (Sindetelco), Sindicato das Comunicações de Portugal (Sicomp), Sindicato Nacional dos Quadros das Telecomunicações (TENSIQ), Federação dos Engenheiros (FE) e Sindicato de Quadros das Comunicações (Sinquadros).
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