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“Sindicatos têm de fazer parte do plano de crescimento da GroundForce”, defende a Swissport

“Os sindicatos têm de fazer parte do acordo para tornar o negócio da GroundForce bem sucedido. Precisamos de ter os sindicatos a bordo. Queremos ter uma mão de obra com boa formação, modernizada, adequada aos modelos de gestão da Swissport. Queremos oferecer oportunidades de carreira aos nossos trabalhadores”, explicou o CEO da Swissport, Warwick Brady.
7 Junho 2022, 06h50

“É importante que os sindicatos tornem as condições laborais da GroundForce adequadas aos objetivos de crescimento da Swissport e para isso precisamos de alcançar os acordos laborais que fazem mais sentido para as partes envolvidas. Todos têm de fazer parte do plano de crescimento para que tudo funcione com sucesso”, defendeu, no aeroporto de Zurique, o presidente e CEO da Swissport, Warwick Brady.

Candidata à compra da participação de 50,1% que a Pasogal deteve na GroundForce, a Swissport explicou em Zurique se será necessário negociar com os sindicatos portugueses um novo acordo laboral na GroundForce, caso a Swissport concretize esta aquisição.

“Os sindicatos têm de fazer parte do acordo para tornar o negócio bem sucedido. Precisamos de ter os sindicatos a bordo. Precisamos de ser multi-skilling. Queremos ter uma mão de obra com boa formação, modernizada, adequada aos modelos de gestão da Swissport. Queremos oferecer oportunidades de carreira aos nossos trabalhadores”, explicou o CEO.

Por seu turno, a responsável pela estratégia da Swissport, Nadia Kaddouri, detalhou que, “neste momento, ainda estamos a desenvolver o processo de negociações na GroundForce e não podemos ter conversas mais aprofundadas com os representantes sindicais”.

“Mas posso dar o exemplo de outras negociações, como as que ocorreram em Itália. As negociações então no centro, no coração, do que a Swissport faz. Nos encontros com os sindicatos representantes dos trabalhadores esclarecemos tudo sobre a forma como gerimos as operações, o que inclui os acordos laborais e os debates sobre a forma como pretendemos trabalhar em conjunto, coordenados. A nossa agenda não é para chegar e reestruturar e em três anos voltar a sair do negócio. Queremos uma solução sustentável para a Swissport e para Portugal”, garante Nadia Kaddouri.

Sobre a negociação de um novo acordo laboral, Nadia explica que o caminho não ter de ser esse. “Não necessariamente. Estamos a analisar o acordo laboral existente e depois, em função da forma como queremos estruturar a operação para tornar o hub de Lisboa o mais eficiente possível, veremos juntamente com os representantes sindicais como podermos trabalhar nos próximos tempos”.

Para o CEO da Swissport, Warwick Brady, “a chave para o sucesso de uma operação de handling é que os sindicatos façam parte do negócio e que encontrem oportunidades também para eles. Trabalhar para uma empresa local de handling é muito diferente de fazer parte de uma rede mundial de handling. Com a Swissport, as oportunidades de trabalho, de carreira, abrem-se ao Brasil, aos EUA, à Suíça. São carreiras diferentes, com um horizonte diferente e com perspetivas de evolução e de formação que os operadores locais não têm. Passam a ter acesso a uma vasta cadeia de fornecimentos internacionais, com outro tipo de preocupações, incluindo a melhoria das condições ambientais e outros desafios em que a Swissport está internacionalmente envolvida”.

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