O embaixador de Washington em Moscovo anunciou, esta terça-feira, que vai regressar aos Estados Unidos, dias depois de o governo russo ter recomendado que John Sullivan deixasse o país durante o que disse ser uma “situação extremamente tensa”.
“Acredito ser importante falar diretamente com os meus novos colegas do governo Biden em Washington sobre o atual estado das relações bilaterais entre os Estados Unidos e a Rússia”, explicou Sullivan em comunicado.
Sullivan acrescentou que não vê a “família há mais de um ano, e esse é outro motivo importante para voltar para casa, para uma visita. Voltarei a Moscovo nas próximas semanas, antes de qualquer reunião entre os presidentes Biden e Putin”.
Biden e Putin discutiram um possível encontro na semana passada, mas o Kremlin garantiu que iria demorar algum tempo para que o encontro aconteça e seria “impossível” realizá-lo nas próximas semanas.
Ontem, o ministro dos Negócios Estrangeiros dos EUA, Josep Borrel, já tinha falado sobre a degradação da relação entre os dois países. “No geral, as relações com a Rússia não estão a melhorar. Pelo contrário, as tensões estão a aumentar em várias áreas”, frisou.
A saída de Sullivan acontece depois de o governo Biden ter expulsado, na semana passada, dez diplomatas russos e ter anunciado sanções abrangentes contra a Rússia pela suposta interferência nas eleições.
Em resposta, a Rússia expulsou dez diplomatas dos EUA e atacou as operações da embaixada dos EUA, recomendando igualmente que o embaixador deixasse o país.
“É óbvio que a situação extremamente tensa atualmente implica uma necessidade objetiva de os embaixadores de ambos os nossos países estarem em suas capitais para analisar a situação”, apontou o Kremlin.
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