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Siza Vieira: “Dívida das famílias, em percentagem face ao PIB, está neste momento abaixo dos 70%”

O ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, alertou para o desfasamento entre o crescimento do rendimento líquido das famílias e a queda da taxa de poupança. O endividamento das famílias corresponde a cerca de 70% da riqueza gerada em Portugal.
O ministro Adjunto, Pedro Siza Vieira, intervém durante a sua audição perante a Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, no âmbito das audiências sobre o Orçamento do Estado (OE) para 2018, na Assembleia da República, em Lisboa, 16 de novembro de 2017. ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA
31 Maio 2019, 11h46

O ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, alertou para a falta de investimento nacional na atividade económica do país. Apesar do crescimento do rendimento líquido das famílias, o ministro salientou que o mesmo está a ser aplicado na amortização de dívidas que vêm desde o período da crise financeira.

Orador convidado para a conferência anual da Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM), com o tema “Da proteção dos investidores à promoção do mercado: 20 anos do Código de Valores Mobiliários” que se realizou esta sexta-feira, dia 31 de maio, Pedro Siza Vieira começou por referir que a taxa de poupança das famílias portuguesas não está a acompanhar o respectivo crescimento do rendimento disponível.

“Nos últimos anos, o rendimento disponível das famílias cresceu significativamente. O aumento do emprego, a redução do IRS, a melhoria dos salários, tudo isso contribuiu para o crescimento significativo do rendimento disponível das famílias. E, no entanto, sabemos que a taxa de poupança está em queda”, disse. O ministro explicou ainda que, neste momento, “as famílias estão a aplicar na amortização das suas dívidas”.

Além disso, Pedro Siza Vieira salientou que “a dívida das famílias, em percentagem face ao PIB, está neste momento abaixo dos 70%”. Por outras palavras, o endividamento das famílias corresponde a cerca de 70% da riqueza gerada em Portugal.

O ministro sugeriu ainda a aplicação dos recursos financeiros das famílias em “produtos que lhes mereçam a confiança e que possam oferecer um retorno maior”.

Neste sentido, a resposta passa pelo aumento do investimento em Portugal e, paralelamente, “assegurar que o rendimento das famílias e das empresas é aplicado em Portugal, em aplicações que mereçam a confiança e que ofereçam melhor retorno”, frisou o ministro.

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