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Siza Vieira diz que Governo pode aplicar “restrições suplementares” nos municípios mais atingidos pela pandemia

Apesar de admitir mais restrições, o ministro da Economia disse que o Governo não prevê repetir um confinamento como o que o país viveu no final de março e em abril. “Neste momento, não temos ideia de um confinamento geral”, disse Siza Vieira.
  • Harry Murphy/Web Summit
17 Novembro 2020, 09h49

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, admite que o Governo venha a aplicar “restrições suplementares para travar o contínuo aumento de casos de infeção pelo novo coronavírus nos municípios mais atingidos pela pandemia da Covid-19.

“Não excluímos a possibilidade de ter que fazer algumas restrições suplementares naqueles municípios em que o nível de contágio esteja muito a cima daqueles 240 casos [nos últimos 14 dias”, afirmou Siza Vieira em entrevista ao Polígrafo SIC, na segunda-feira.

Contudo, o ministro da Economia disse que o Governo não prevê repetir um confinamento como o que o país viveu no final de março e em abril. “Neste momento, não temos ideia de um confinamento geral”, disse.

Segundo os dados da Direção-Geral de Saúde, Paços de Ferreira e Lousada são os concelhos mais afetados, a par dos municípios de Vizela, Manteigas e Paredes. Atualmente, há 191 concelhos considerados de risco elevado no âmbito da pandemia da Covid-19.

Opinião de Mário Centeno “é mais uma”
Na mesma entrevista, o governante foi confrontado com as declarações do ex-ministro das Finanças e atual presidente do Banco de Portugal, Mário Centeno, que defende que os apoios do Estado em resposta à crise devem ser temporários. Para Siza Vieira tratou-se de “mais uma” opinião e não de uma crítica às decisões do Governo.

“Há muitas opiniões que se vão ouvindo, opinião do Governador é mais uma […]. Eu acho que ele está a dar um alerta, uma chamada de atenção, para todos os decisores públicos”, disse o ministro,

Confrontado, ainda, com o protesto de dia 14 de novembro do setor da restauração, o ministro da Economia disse compreender a situação dos empresários, afirmando que o que o Governo definiu em termos de apoios foi a pensar nos “empresários que estão neste momento sem saber muito bem o que fazer”.

Questionado sobre a possibilidade de isentar a taxa social única (TSU) da restauração e baixar o IVA durante o próximo ano – uma proposta avançada pelos empresários do setor da restauração, o governante remeteu a resposta para o Orçamento do Estado para 2021.

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