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Siza Vieira “muito convencido” na recuperação mais rápida do turismo do que o previsto quando a pandemia “apaziguar”

A recuperação do turismo continua a ser um dos pontos mais relevantes na recuperação nacional, dada a dependência do país em relação a este setor. Siza Vieira mostra-se otimista que, caso a situação pandémica evolua favoravelmente, o apetite do mercado por viagens poderá beneficiar Portugal, com o turismo a recuperar mais rapidamente do que o esperado.
Cristina Bernardo
6 Novembro 2020, 21h05

O ministro de Estado, da Economia e Transição Digital antevê que a retoma em Portugal é altamente dependente da evolução da situação pandémica e da produção e distribuição de uma vacina, dado o “peso significativo das atividades interpessoais e de deslocação” no PIB nacional, nomeadamente do turismo. Apesar das dificuldades desde que apareceu o novo coronavírus, o ministro revelou esperança numa recuperação forte.

Falando à Comissão de Orçamento e Finanças, Pedro Siza Vieira previu que, enquanto a Covid-19 proliferar e as infeções não forem travadas, a economia portuguesa sofra e tenha dificuldades em retomar a trajetória de crescimento que se verificava antes da pandemia. No entanto, o ministro salientou que, pela experiência do verão, “quando as restrições às viagens desapareceram, imediatamente houve um imenso apetite pela viagem”. O que pode beneficiar a recuperação nacional.

“Estou muito convencido que quando a situação sanitária se apaziguar, e se tivermos boas notícias no campo das vacinas […] acho que, entre o apetite pela viagem, o apetite pelo convívio e a grande poupança que entretanto se acumulou nestes meses, poderemos ter uma recuperação mais rápida do que se previu nos últimos meses para o turismo”, explicou Siza Vieira.

Ainda assim, e especialmente para as regiões do Algarve e Madeira, “o peso das atividades turísticas é muito maior do que no resto da realidade portuguesa, pelo que o impacto vai ser muito maior em termos regionais do que sucede no conjunto da economia”. Como tal, o Governo apela à requalificação dos profissionais, suportada pelas verbas do Plano de Recuperação e Resiliência, e, para o Algarve, foi até apresentado um plano de “atração de eventos que pudessem compensar durante a época baixa a procura que não teríamos”, que inclui o Grande Prémio de Formula 1 e o de MotoGP.

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