O SL Benfica está a ponderar fazer alterações no símbolo do clube, sendo que a maior mudança será a colocação da palavra Benfica no novo emblema. O tema encontra-se em análise interna, mas deverá mesmo avançar a médio prazo, conforme avançou o Correio da Manhã na terça-feira.
O objetivo desta alteração passa por potenciar cada vez mais a marca do clube encarnado, sendo que a mudança se impõe pela dinâmica imposta pelo marketing dos tempos correntes.
Pedro Gonzalez, managing director da Y&R, em declarações ao Jornal Económico, refere que “os símbolos do clube são muito valiosos para os sócios e as pessoas não gostam que se mexam neles”, exemplificando que “um clube não é diferente de uma marca, seja ela qual for e quando se define o posicionamento de uma marca das duas uma: ou a sua identidade e aquilo que são os seus elementos core, neste caso o emblema e tudo o que à volta tem adesão ou não”.
Face a uma possível mudança no símbolo dos encarnados, Pedro Gonzalez afirma que desde logo “a primeira pergunta que qualquer clube ou marca tem de fazer é se se sentem representados pelo seu logótipo ou emblema e pelo universo visual à volta ou não? Se a resposta for não, o passo seguinte é rever isso e definir critérios”.
“Não se pode apagar o passado de um clube”
Mas será que a tradição e ligação dos sócios aos emblemas se sobrepõe à necessidade de potencialização da marca?
O responsável da Y&R salienta que na sua opinião “não se devia sobrepor. Claro que a componente histórica é relevante e não se pode simplesmente apagar o passado de um clube, mas isso não pode ser a base da tomada de uma decisão e aplica-se a tudo”.
Como tal, Pedro Gonzalez sublinha que “a direção de um clube pode ouvir os sócios, mas a decisão final tem de ser sua, em função daquilo que o clube precisa. Não pode ser em função daquilo que os sócios acham, se não nunca se faz nada. A lógica aqui não pode ser a democracia, mas sim de negócio, porque então nada muda”.
O responsável da Y&R realça que “as pessoas são muito pouco dadas a mudanças e então quando se trata de clubes de futebol, em que as paixões são o que o move as pessoas menos ainda”, dando exemplos de clubes que mudaram o seu símbolo de forma radical ao longo da sua história, “como a Juventus e o Tottenham”, frisando que “há uma tendência de simplificação dos emblemas”.
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