O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) propõe a criação de um Comité de Avaliação de Carreiras, com a participação de representantes sindicais e das instituições bancárias. A proposta visa “garantir uma progressão salarial justa e condizente com o desempenho dos trabalhadores do setor”.
O Comité será composto por representantes das estruturas sindicais e das instituições bancárias, com o objetivo de assegurar uma distribuição justa da prosperidade no setor.
“Nos difíceis anos da crise financeira, os trabalhadores bancários mostraram solidariedade para com as suas Instituições Financeiras, aceitando a suspensão das atualizações salariais das convenções coletivas entre 2011 e 2015. Essa solidariedade exigiu sacrifícios, mas, infelizmente, não foi acompanhada por uma repartição equitativa dos frutos da recuperação do setor”, defende o sindicato liderado por Paulo Gonçalves Marcos.
“Apesar dos lucros históricos gerados, a grande maioria dos trabalhadores bancários continua a enfrentar uma estagnação salarial, com uma perda real de poder de compra agravada pela inflação”, aponta o SNQTB.
Além disso, acrescenta, “as massivas reduções de pessoal promovidas pelos bancos aumentaram a carga de trabalho e a exigência sobre os trabalhadores que permaneceram, o que não se refletiu num reconhecimento justo do seu esforço e competência”.
Perante isto o SNQTB considera “urgente e imprescindível que as instituições bancárias reconheçam essa injustiça salarial e implementem medidas concretas para garantir uma progressão salarial justa e compatível com o desempenho dos seus colaboradores” e defende que “os lucros obtidos pelos bancos permitem, de forma clara, a repartição mais equitativa da prosperidade gerada”.
Para responder de forma prática, o SNQTB propõe a criação de um Comité de Avaliação de Carreiras, que tenha como missão monitorizar a evolução das carreiras dos trabalhadores bancários e garantir que a valorização salarial seja feita de acordo com o mérito e a contribuição de cada profissional.
A valorização salarial dos trabalhadores bancários não é apenas uma questão de justiça, mas uma estratégia essencial para garantir a confiança e a sustentabilidade do sistema financeiro em Portugal, considera o sindicato.
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