Apenas 8,4% dos gases de refrigeração em Portugal, com efeitos nocivos para a camada do ozono, foram recolhidos e tratados em 2017. Os dados, recolhidos pela Agência Portuguesa do Ambiente e divulgados este sábado pela associação ambientalista Zero, mostram que mais de 90% dos gases que vêm dos frigoríficos, arcas congeladoras ou ares condicionados são libertados para a atmosfera.
Das 322 toneladas de gases de refrigeração, só 27 toneladas tiveram tratamento adequado. Segundo os ambientalistas, “Portugal continua a falhar completamente na recolha e tratamento dos gases nocivos presentes nos resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos”. Em comunicado, a Zero lembra que já tinha alertado, por exemplo, para a “baixa taxa de recolha destes equipamentos, que na sua maioria continuam a ser encaminhados para empresas de sucata, que não estão preparadas para recolher os gases de refrigeração”.
Assinala-se este domingo, 16 de setembro, o Dia Mundial para a Preservação da Camada de Ozono e o 13º aniversário do Protocolo de Montreal, para eliminar a utilização e envio para a atmosfera de gases nocivos para a camada de ozono e de gases refrigerantes com um elevado potencial de aquecimento climático.
Quantidade de gases de refrigeração existentes em equipamentos de frio
Média de equipamentos de refrigeração colocados no mercado de 2014 a 2016 (toneladas) (*) | Média dos gases de refrigeração existentes nos equipamentos colocados no mercado de 2014 a 2016 (toneladas) (**) | |
Frigoríficos, congeladores e outros equipamentos de refrigeração de alimentos |
25 062 |
125 |
Aparelhos de ar condicionado |
8 207 |
197 |
Total | 33 269 | 322 |
(*) – Fonte: ANREEE
(**) – Calculado de acordo com as licenças para as entidades gestoras de REEE que consideram que os aparelhos de ar condicionado possuem 2,4% de gases de refrigeração em peso e que os restantes equipamentos de refrigeração possuem 0,5% de gases de refrigeração em peso.
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