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“Só financiamos projetos que sejam verdadeiramente sustentáveis”, realça Luís Ribeiro, administrador do novobanco

Os bancos são motores de ecossistemas, apoiando projetos sustentáveis, tecnológicos e inovadores. O responsável destacou ainda, no evento “Zona de Impacto Global”, organizado pelo JE e novobanco, os desafios da transformação digital, da regulação e da sustentabilidade, sublinhando exemplos de práticas já adotadas pelo novobanco.
29 Setembro 2025, 14h42

A banca tem um papel fundamental para proteger os depósitos dos seus clientes e olham para projetos de financiamento de uma forma global, ao nível da tecnologia, inovação e sustentabilidade. Esta foi uma das ideias centrais da intervenção de Luís Ribeiro, administrador do novobanco, que participou no painel “O Financiamento da Inovação: Da ideia ao Mercado”, que decorreu hoje no Técnico Innovation Center, uma organização do Jornal Económico, em parceria com o novobanco. “Os bancos dinamizam ecossistemas e criam condições para que cresçam na cadeia adequada”, diz Luís Ribeiro.

O administrador sublinhou também que a sociedade tem desafios claros: a transformação tecnológica, para sobrevivência da própria empresa, o comportamento dos consumidores (há 20 anos eram o bancos que procuravam conhecer o perfil dos consumidores) e a experiência. “A posse já não é tão importante, mas sim a utilização e usufruto. É verdade para um banco como para qualquer outro setor de atividade”, afirma Luís Ribeiro,

Neste debate sobre sustentabilidade e inovação, Luís Ribeiro destacou que não basta adotar práticas verdes de forma superficial. “Não vale a pena fazer projetos sustentáveis só por serem sustentáveis. Hoje, a tecnologia vem trazer novos modelos de negócio”, afirmou Luís Ribeiro, apontando o exemplo dos airpods da Apple, que trazem tradução simultânea.

Ao abordar a competitividade entre continentes, também chamou atenção para os desafios regulatórios que afetam a economia global. “Quando se fala da produtividade entre os EUA e a Europa, a diferença está na tecnologia e na inovação”. O administrador afirma que “ninguém quer um mercado em que as regras não são claras, mas a complexidade regulatória não traz transparência aos agentes económicos”.

Luís Ribeiro elogiou também o tecido empresarial português, com elevada qualidade. “Temos excelentes exemplos como os vidros, a cerâmica, a agricultura, setores com elevada adopção tecnológica. Hoje, através dos bancos, existe uma capacidade evidente de apoio à inovação tecnológica”. O administrador explica também que o novobanco só financia projetos que são “verdadeiramente sustentáveis”, destacando, por exemplo, o setor imobiliário.

Sobre o ponto de vista da sustentabilidade e a forma como é tratado o tema, Luís Ribeiro explicou o que está a ser feito no interior da própria instituição. “Nós mudámos a nossa sede para o Tagus Park com adopção de tecnologia integrada. Só consumimos energia verde, promovemos a eletrificação da nossa frota (150 carregadores elétricos) e renovámos as novas agências em Portugal com base em materiais sustentáveis e nacionais. Tirámos tudo o que era papel e toda a comunicação que o banco faz é digital”, diz. O administrador disse que o objetivo de reduzir em 52% as emissões até 2030 já foi ultrapassado – o valor está nos 58%.

O Jornal Económico, em parceria com o novobanco, organizou assim a terceira edição da Zona de Impacto, desta vez dedicada à inovação e à transição na indústria portuguesa. Depois do sucesso das edições anteriores — com temas como “Pensar o ESG” e “O elixir da juventude: como as empresas podem aproveitar a experiência” —, a Zona de Impacto regressa para explorar como a inovação e a tecnologia estão a transformar o setor industrial.

O evento reúne líderes empresariais, especialistas e académicos para discutir desafios e oportunidades, incluindo digitalização de processos, sustentabilidade e integração de novas tecnologias. O objetivo é perceber como as empresas podem adaptar-se às mudanças do mercado e garantir competitividade num setor em rápida evolução.

 

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