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Sociedade de advogados pbbr lança-se nos podcasts: “É uma forma de comunicação adaptável e dinâmica”

“Os advogados são, tradicionalmente, conservadores e prudentes nas transições, mas os escritórios têm de fazer essa transição digital também”, afirma o sócio Alexandre Jardim, um dos responsáveis pelo projeto, em declarações ao Jornal Económico.
  • Patrick Breitenbach
12 Outubro 2021, 17h40

“pbbr Talks” é o nome do mais recente podcast do mercado da advocacia portuguesa.  A sociedade de advogados fundada por Pedro Pinto lançou na sexta-feira um projeto de comunicação multimédia no qual, através de uma linguagem “descomplicada e sem jargões jurídicos”, pretende esclarecer e aprofundar temas do quotidiano das famílias e das empresas.

“É uma forma de comunicação particularmente adaptável e apta a acompanhar a dinâmica da era digital, onde cada vez mais nos inserimos. Os podcasts têm uma dinâmica e uma forma de comunicação próprias. Percebemos que comunicar por comunicar, para dizer que estamos presentes, facilmente nos iríamos cansar e cansar os outros. Não queremos ir atrás dos temas para ser ouvidos. Queremos ser ouvidos porque fomos atrás dos temas”, garante Alexandre Jardim, sócio da pbbr, em entrevista ao Jornal Económico (JE).

Depois do “In Dubio” da Morais Leitão, do “Podcast PLMJ”, do “Miranda Investing Beyond Borders” ou do “Hybrid Lawyers” da Antas da Cunha Ecija, é agora a pbbr a querer afirmar-se como uma sociedade que comunica por podcast – que tanto pode ser divulgado em formato de apenas áudio, como áudio-vídeo ou áudio-infografia, prevendo-se uma periodicidade mensal ou bimestral (a data de publicação não é estanque).

O objetivo deste lançamento é prestar um serviço ao público, ir ao encontro dos problemas ou dúvidas das pessoas, de acordo com o advogado, que é um dos responsáveis pela iniciativa “pbbr Talks”. Na sua opinião, apesar de os advogados serem “tradicionalmente conservadores e prudentes nas transições”, os escritórios têm também têm de digitalizar, inovar nas áreas de prática e na forma como os associados desenvolvem skills.

“O consumo de podcasts ter vindo a aumentar sobretudo nos últimos cinco anos. Nas plataformas há cada vez categorias de podcasts. Segundo um estudo da Reuters, o número de pessoas que consome podcasts tem vindo sempre a aumentar e cerca de 34% dos portugueses – talvez mais agora – já ouviram pelo menos. Dentro da nossa realidade, percebemos que os portugueses gostam de podcasts com temas especializados”, detalha Alexandre Jardim, em declarações ao JE.

O sócio da pbbr considera que este é um projeto, cuja ideia partiu da equipa de Gestão de Conhecimento, que pode ser “interessante para quem ouve” pelos assuntos que irá abordar sociedade. É o caso do primeiro episódio, que se encontra disponível no LinkedIn, sobre os desafios éticos e jurídicos do certificado digital, com a voz de Rita Roque de Pinho e Rita Serpa Viana, sócia e associada de Direito da Saúde. “Mais do que horas, nós vendemos conhecimento e capacidade de resolver problemas”, afiança Alexandre Jardim.

Se a tecnologia for usada para resolver melhor problemas ajuda, mas se substituir a justiça ou a própria advocacia, que é uma atividade intelectual, vejo isso com alguma preocupação – Alexandre Jardim

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