A Sonae SGPS informou o mercado que concluiu um acordo com os acionistas da BRIO – Produtos de Agricultura Biológica, para a aquisição de 100% do capital social da BRIO.
“Na sequência do anterior acordo com vista à aquisição de uma participação de 51% no capital social da GO WELL e da abertura do primeiro supermercado inteiramente dedicado à alimentação biológica e saudável, a aquisição da BRIO permitirá à Sonae MC acelerar a sua posição na avenida estratégica de crescimento de Health & Wellness, em particular no segmento de alimentação saudável, beneficiando da rede de lojas da BRIO, do elevado grau de especialização das equipas e de uma alargada rede de fornecedores”, explica a empresa.
“Esta aquisição assenta no pilar estratégico da Sonae: reforço e alavancagem da sua base de ativos e competências chave”, acrescenta o comunicado.
Constituída em 2008, a BRIO é a primeira cadeia de supermercados biológicos lançada em Portugal, e explora seis supermercados especializados em alimentação biológica, todos com localizações de conveniência na zona metropolitana de Lisboa.
A concretização desta transação está condicionada à verificação de condições suspensivas, previstas no acordo.
O The Edge Group, conjunto de holdings de investimentos e capital de risco lideradas por José Luís Pinto Basto, tinha comprado a rede de em 2010, na altura com apenas uma loja e cerca de 500 mil euros de faturação anual.
José Luís Pinto Basto sublinhou, em comunicado que “desde o início que desbravámos terreno praticamente desconhecido, dadas as características muito específicas deste setor e, em concreto da agricultura biológica, e o resultado é um BRIO que é hoje uma operação consolidada e reconhecida, uma marca líder no mercado da distribuição biológica e a maior cadeia nacional na sua área”.
Acrescentou que “desde então a operação evoluiu para seis lojas e para uma faturação na ordem dos cinco milhões de euros, registados em 2016, liderando atualmente o mercado dos produtos biológicos em Portugal”.
O Haitong vê a compra como “neutral” para a Sonae, pois é uma aquisição pequena com impacto limitado nos resultados. “A Sonae não apresentou dados sobre o negócio mas acreditamos que seja mais importanto do ponto de vista estratégico do que do financeiro”.
Filipe Rosa, analista do Haitong, recordou que esta é a segunda aquisição da Sonae na área da alimentação saudável (a Go Natural foi a primeira) e permitirá à empresa desenvolver o conhecimento nessa áreas e a alargar a rede de fornecedores. “É um segmento que está a crescer rapidamente no mundo e, na nossa opinião, faz sentido para a Sonae ganhar conhecimento num espaço que poderá ser útil para alargar o sortido de produtos nos supermercados core“.
As ações da Sonae sobem 0,83% para 0,938 euros, numa sessão em que o índice PSI 20 avança 0,32%.
[Atualizado às 10h23]
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