A Sonangol colocou à venda um edifício em Lisboa que comprou em 2009. O objetivo da petrolífera estatal angolana era transformar este edifício na sede dos seus negócios em Portugal. O República Center está localizado na zona do Saldanha, Av. da República, 5 a 7.
O edifício foi colocado à venda pela Puaça, empresa detida pela Sonangol, segundo um anúncio publicado nesta edição do Jornal Económico. Contactada, a Puaça adiantou que o imóvel conta com 13.400 metros quadrados acima do solo, e 14.000 metros quadrados abaixo do solo.
A Sonangol comprou o edifício ainda por acabar, depois de ter estado vários anos embargado. Mas o imóvel nunca foi concluído, apesar da Sonangol ter dado início às obras e realizado várias alterações ao projeto. Os trabalhos ficaram suspensos há cerca de 50 meses, quatro anos.
O edifício foi comprado por um montante superior a 38 milhões de euros há dez anos, conforme avançou o “Jornal de Negócios” em julho de 2009. Apesar de ter a Sonangol como principal inquilino, também iria servir como base a empresas angolanas a operarem em Portugal, e com ligações à petrolífera estatal.
A questão agora é saber quanto é que este imóvel poderá valer? Se estivesse concluído, poderia ser vendido por mais de 60 milhões de euros, segundo uma estimativa feita pelo presidente-executivo da Prime Yield, Nelson Rêgo, tendo em conta os valores atuais praticados no mercado. Caso tivesse como destino a habitação, o República Center poderia valer mais do que os 60 milhões de euros já referidos, isto se já estivesse concluído, destaca o mesmo responsável.
Vende-se convento em Setúbal
A Sonangol também pôs à venda o antigo convento de Brancanes, em Setúbal. A venda consta de um anúncio publicado nesta edição do JE, e está a ser realizada pela Sociedade Dirani Project III – Projectos Imobiliários.
Tanto a Dirani Project III como a Puaça são empresas do universo Sonangol. Encontram-se entre as 195 empresas/ativos que estão na lista do Governo angolano para vender até 2022, recentemente divulgada. Segundo o anúncio, esta “propriedade pode vir a permitir uma potencial área de construção de cerca de 20.000 metros quadrados”. A construção original data do final do século XVII. O imóvel, localizado entre Azeitão e Setúbal, alojou unidades militares e chegou a servir de prisão entre 1998 e 2005.
O antigo convento foi a primeira prisão vendida pelo Estado português. O negócio ficou fechado em janeiro de 2008, com a Dirani Project III a pagar 3,4 milhões de euros. Segundo o “Público”, a empresa era detida por António Lamego, mas em 2012 foi adquirida pela Puaça. Ambas as empresas serão agora vendidas pelo Governo de João Lourenço.
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