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S&P 500 perde 1% e lidera quedas em Wall Street

Investidores não reagiram de forma positiva às medidas de estímulo económico apresentadas pela administração Trump, Reserva Federal norte-americana e Banco Central Europeu.
  • Traders work on the floor of the New York Stock Exchange (NYSE) shortly after the opening bell in New York, U.S., January 3, 2017. REUTERS/Lucas Jackson
19 Março 2020, 13h53

Os três principais índices da bolsa de Nova Iorque iniciaram a sessão em baixa. Os investidores não reagiram bem às medidas de apoio à economia anunciadas esta semana pela administração Trump, Reserva Federal e  Banco Central Europeu (BCE).

Ontem, o BCE lançou um programa adicional de compra de títulos no valor de €750 mil milhões para acalmar o mercado de dívida, depois de a Reserva Federal norte-americana ter iniciado m programa de emergência de forma a suportar fundos no mercado monetário. Também Donald Trump propôs ao Congresso um plano de apoio à economia até 850 mil milhões de dólares.

Minutos após o início da sessão em Nova Iorque, o índice S&P 500 era o mais fustigado pelo sentimento do mercado, perdendo 1,20%, para 2.369,25 pontos. A tendência negativa também se verificou no Nasdaq, que caía ligeiramente 0,10%, para 6.983,01 pontos, e no Dow Jones, que desvalorizava 0,42%, para 19.815,06 pontos.

Estamos perante o pior selloff de Wall Street desde a crise do sub-prime de 2008, sendo que as perdas do últimos dias já ‘evaporaram’ todos os ganhos durante a presidência de Donald Tump.

Na frente económica, foi hoje divulgado que os pedidos de subsídio de desemprego subiram na semana passada para 280 mil, níveis máximos de dois anos e meio.

“O encerramento temporário de fábricas nos EUA por parte do setor Auto é um dos destaques da sessão, com o Coronavírus a continuar bem no centro de todas as atenções. As empresas do setor mostram-se disponíveis para colaborar no suporte à vida, oferecendo-se para fabricar ventiladores respiratórios”, disse Ramiro Loureiro, analista de mercados do Millennium bcp.

Os títulos da Ford afundam mais de 7% e a General Motors derrapa quase 9%.

A indústria aérea continua em forte baixa. A United Airlines, apesar de ter assegurado uma linha de crédito de mil milhões de dólares permanece em queda, tombando quase 12%. Também a Boeing está a cair mas de 8%, acentuando as perdas que se registaram na véspera.

Nas matérias-primas, o preço do petróleo está em recuperação. Em Londres, o barril de Brent valoriza 2,21%, para 25,43 dólares. Nos Estados Unidos, o West Texas Intermediate avança 7,15%, para 22,32 dólares.

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