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S&P junta-se à DBRS e Moody’s e põe rating do BCP em ‘investment grade’

Esta subida do rating reflecte o facto de a qualidade de crédito do BCP ter melhorado gradualmente em termos absolutos e relativamente aos seus pares, devido a uma combinação de geração interna de capital e de medidas extraordinárias que incluem a redução de activos por impostos diferidos (DTA), a venda de fundos de reestruturação empresarial, securitizações da carteira de crédito e a redução do valor da participação na sua subsidiária de seguros, refere a S&P.
Cristina Bernardo
12 Setembro 2023, 10h38

Depois da DBRS e da Moody’s foi a vez da S&P melhorar o rating do BCP. A agência emitiu uma nota a elevar o rating de vários bancos, incluindo o do BCP. A nota intitula-se “várias ações de rating tomadas em relação a bancos portugueses devido a perspectivas soberanas positivas e perspectivas de diminuição do risco económico”.

“No Banco Comercial Português aumentámos as notações de crédito de emitente de longo e curto prazo de “BB+/B” para “BBB-/A-3”. As perspectivas de evolução são estáveis.

Esta subida do rating reflecte o facto de a qualidade de crédito do BCP ter melhorado gradualmente em termos absolutos e relativamente aos seus pares, devido a uma combinação de geração interna de capital e de medidas extraordinárias que incluem a redução de activos por impostos diferidos (DTA), a venda de fundos de reestruturação empresarial, securitizações da carteira de crédito e a redução do valor da participação na sua subsidiária de seguros, refere a S&P.

“A capitalização é agora neutra para os ratings. Estimamos que nosso rácio  Risk Adjusted Capital (RAC) oscilará entre 8,0% e 8,5% nos próximos 18 a 24 meses, em comparação com 7,7% no final de 2022 e 6,6% no final de 2021″, lê-se na nota.

A S&P espera ainda “que a sólida geração de capital interno seja impulsionada pela melhoria da rentabilidade”. A agência de rating espera que o BCP tenha um retorno dos capitais próprios (ROE) de entre 10% e 13% até 2023 e 2024, enquanto o banco mantém níveis de eficiência melhores do que os de seus pares, incluindo um cost-to-income estimado em cerca de 35%.

“Pensamos também que a deterioração da qualidade dos activos será controlável, ajudada pelo mercado de trabalho resiliente em Portugal. Por sua vez, prevemos que o rácio NPE [malparado] permaneça abaixo de 4,8%, de 3,7% em 30 de junho de 2023, e que o custo do risco – incluindo crédito e provisões para ativos executados (imóveis recebidos em dação) e fundos reestruturados – diminua gradualmente para 70 bps a 75 bps em 2024, em comparação com 92 bps em 2022”, refere a S&P.

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