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Spotify vai estrear-se na bolsa sem “festa”

O maior serviço de streaming áudio do mundo vai estrear-se na bolsa dos Estados Unidos no próximo dia 3 de abril.
19 Março 2018, 07h20

A empresa de transmissão de músicas anunciou que vai estrear-se nas bolsas norte-americanas no próximo dia 3 de abril, sem recorrer ao tradicional IPO. O presidente da plataforma adianta que será um dia normal, não havendo nenhuma “festa”. A empresa vai ser representada pela sigla “SPOT”.

Esta “admissão direta”, segundo a agência France Press, vai permitir aos acionistas vender as suas ações de forma imediata, enquanto uma “entrada clássica” na bolsa iria estabelecer um período de espera para essa venda.

Com cerca de 71 milhões de subscritores pagos, o Spotify é o serviço de streaming de música mais utilizado em todo o mundo. Em junho de 2017, tinha avançado que o total de utilizadores era superior a 140 milhões. A empresa de transmissão online de música, 9% detida por Daniel Ek e 12% nas mãos de Martin Lorentzon.

Daniel Ek, CEO do Spotify, tem 35 anos, e é apaixonado por tecnologia. Essa mesma paixão foi bem demonstrada aos 14 anos, quando fundou a sua primeira empresa. No final dos anos 90, Daniel começava a ganhar dinheiro a partir da construção de websites. No entanto, uma dúvida não lhe saía da cabeça. Como convencer as pessoas a pagar por música quando a podem descarregar gratuitamente, ainda que de forma ilegal?

Na altura em que fazer ‘download’ ilegal de músicas se começou a tornar uma prática constante, Daniel Ek descobriu a resposta: um sistema baseado em cloud que tornasse possível o acesso a milhões de músicas e de forma legal.

O sistema podia ser suportado por subscritores pagos, com acesso a algumas vantagens. Ainda assim, aqueles que não pudessem pagar poderiam aceder à música gratuitamente, ainda que condicionados por anúncios publicitários. A fórmula resultou em cheio.

Já Martin Lorentzon, de 48 anos, tem no currículo passagens pela Altavista, Cell Ventures e NetStrategy. Os dois empresários conheceram-se em 1999 e, após a criação do Spotify, Lorentzon ficou com as responsabilidades de implementar a estratégia, estabelecer objetivos e controlar o orçamento da companhia.

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