Outrora considerada como uma das startups portuguesas mais promissoras da Web Summit, a Starkdata prometeu não parar e assim o fez. No fim do ano passado anunciou uma parceria com a norte-americana Mega.AI e desde então que quer ver a concretização do seu plano de expansão a nível internacional.
Paulo Figueiredo, CEO da Starkdata, diz ao Jornal Económico que os olhos estão postos nos Estados Unidos desde que iniciaram atividade em setembro de 2019, tal é a crença no processo. “Querer ir para os Estados Unidos é o reconhecimento do dinamismo que o mercado americano tem um frio muito regulatório, mas que não impede o crescimento das empresas de IA, numa altura em que a Europa está mais focada na regulação”, confessa o CEO.
De facto, a parceria com entre a startup de analítica preditiva com recurso à Inteligência Artificial e a empresa americana irá permitir que a Starkdata aponte os canhões ao Reino Unido e aos Estados Unidos.
O CEO da Starkdata adianta que, mais que uma ideia, a expansão é de uma grande vontade, acompanhada também por um risco de igual dimensão por conta do tamanho e competitividade do mercado norte-americano. Contudo, Paulo Figueiredo e a equipa da startup nacional escolhem reger-se pela máxima americana de que a falha só prova resiliência: “expandir para os Estados Unidos é o caminho certo para nós”.
O último lançamento foi o starkVision, o primeiro Agente de IA destinado especificamente para empresas. A solução da startup portuguesa quer revolucionar a gestão empresarial de forma transversal e também rápida, acreditando ser uma mais-valia para cimentar a posição de liderança em tecnologias de IA da Starkdata.
Será também este ano que a Starkdata vai crescer a sua equipa, de forma a acompanhar o crescimento do projeto. “Vamos lançar uma ronda de investimento, porque é necessário investimento para podermos fazer um soft landing. Até ao momento não tivemos investimento, é tudo feito por nós, a muito custo e com muita aprendizagem”, assume Paulo Figueiredo ao JE.
Acima de tudo, e segundo nos diz, o objetivo é ser uma empresa sustentável e o investimento tem de ter condições interessantes para o investidor e, simultaneamente, para a startup. Questionado sobre um valor, Paulo Figueiredo é bastante comedido mediante aos financiamentos captados recentemente: “um valor confortável para desenvolver o negócio num país como os Estados Unidos, diria que à volta dos 2,5 a três milhões de euros”, destacando ter consciência da volatilidade das condições macroeconómicas.
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