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Startup angolana Power2Build exporta tecnologia de impressão 3D para sector imobiliário em Portugal

Empresa fundada em 2020 prevê “expandir o negócio para Portugal em 2025, para implementar o centro de operações que vai apoiar a sua expansão para a Europa”.
8 Julho 2024, 15h20

A Power2Build, startup angolana fundada em 2020, vai exportar a sua tecnologia de impressão 3D para Portugal já no próximo ano.

No ano passado, a empresa construiu, em 48 horas, a primeira casa 3D no continente africano, recorrendo exclusivamente a materiais locais e cimento convencional e suportada pelas tecnologias dos parceiros COBOD e CEMEX, que desenvolveram “uma solução que permite ao betão convencional ser impresso de forma mais eficiente, com maior qualidade e a um custo mais reduzido – a Dfab”.

“Em termos globais, a tecnologia 3D Concrete Printing utilizada permite economizar tempo e dinheiro. Mas, apesar da rapidez, a qualidade da construção é superior à convencional, o processo é bastante mais seguro, o impacto ambiental é significativamente inferior àquele presente num processo de construção tradicional e os custos mais competitivos”, explica a empresa em comunicado.

Com a expansão da atividade para Portugal, a startup pretende “implementar o centro de operações que vai apoiar a sua expansão para a Europa”.

Citado em comunicado, Ricardo Almeida, CEO da Power2Build, destaca o propósito da empresa de “ajudar a reduzir significativamente o défice habitacional em África, através de uma tecnologia de construção que seja mais acessível e com menor impacto ambiental”.

“Este ano, o foco é a consolidação do crescimento em território angolano, mas prevemos avançar com a expansão internacional, em 2025, começando pelos países da região SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral) e Europa. Portugal será a porta de entrada para Power2Build”, acrescentou o mesmo responsável.

Segundo a empresa, a “tecnologia permite a construção de todo o tipo de projetos criados em papel, dos mais simples aos mais complexos, que de outra forma seriam inatingíveis, muito caros ou trabalhosos recorrendo aos meios convencionais de construção”.

“Na Power2Build trabalhamos com a diversidade de materiais disponíveis no nosso país e com empresas e recursos locais, exatamente para podermos contribuir para a empregabilidade e desenvolvimento empresarial. É importante que estes sejam projetos da comunidade, para a comunidade”, referiu, ainda, Ricardo Almeida.

Este ano, a empresa espera atingir os dois milhões de euros de volume de negócios. No próximo ano, os números poderão ser cerca de dez vezes superiores, alavancados pela chegada a outros mercados.

“Para 2025, através da expansão para novos mercados, a estimativa é atingir um volume de negócios perto dos 16 milhões de euros”. Este ano, o foco da Power2Build será a consolidação do crescimento em território angolano, mas prevê ainda, como parte da estratégia de crescimento, entrar nos mercados da Namíbia e República Democrática do Congo, onde já está em fase final de negociação.

A Power2Build tornou público, na semana passada, que avançou com um investimento de 1,3 milhões de euros na maior impressora 3D do mundo para o sector em África.

Atualmente, a startup atua em Angola, contando com 37 trabalhadores a tempo inteiro, prevendo “duplicar, ainda este ano, para dar resposta à estratégia da empresa de expansão nacional e internacional”.

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