Quem é que nunca comprou algo e foi questionado sobre a loja de aquisição? Uma nova startup portuguesa captou 1,4 milhões de euros para dar vida à ideia de que todos podem ser influenciadores dos seus pares e, quase a lançar-se no mercado, os fundadores da Bloop não escondem a ambição de atingirem o estatuto de unicórnio.
Vamos explicar: a Bloop identifica-se como uma rede social de compras, um misto entre marketplace e uma rede social, e traz consigo a vantagem de permitir ganhos para os seus utilizadores, uma vez que funciona na base da recomendação de produtos e um sistema de incentivo. Ou seja, os utilizadores colocam numa lista pessoal os artigos que compraram na plataforma, partilham-na e ganham 10% do valor em créditos e até 5% extra mediante outros utilizadores fazerem compras através destas mesmas partilhas.
O fundador e CEO da Bloop, Francisco Rodrigues, garante o sucesso da plataforma portuguesa, não deixando espaço para dúvidas. Apesar de existirem concorrentes diretos, o CEO afirma que a Bloop é “algo único em Portugal”, sendo que já fez história por captar um valor tão elevado ainda antes de estar em funcionamento.
A Bloop levantou então 1,4 milhões de euros junto de mais de 150 investidores, tendo a mesma sido liderada pelo fundo de private equity Monarque Funds (Canadá, com representantes em Portugal) e a mediadora de seguros Insure Broker. Este financiamento foi captado em fase pré-seed, onde se incluem 410 mil euros de uma campanha de crowdfunding que envolveu 126 investidores.
É então este valor que vai permitir lançar a plataforma da Bloop no espaço de um mês, embora a empresa tenha dado o pontapé de saída em 2024.
Uma das maiores vantagens é, para o fundador e CEO, “não existirem barreiras à entrada [na plataforma] porque toda a gente pode remunerar o seu poder de influência”. No fundo, o objetivo da Bloop é democratizar o acesso ao e-commerce e o fundador da startup portuguesa, ao lado do seu cofundador e CTO, João Neves, garante existir escalabilidade do projeto e já estão a pensar em lançá-lo a nível internacional.
A primeira geografia será Espanha, garantem os fundadores, embora não revelem datas. Posteriormente vão seguir-se outros países europeus, com a Bloop focada em França, Alemanha e Itália. Para o futuro, já a partir de 2027, a ambição é rumar aos Estados Unidos.
Prestes a lançar-se no mercado, a Bloop conta atualmente com 20 vendedores e um milhão de produtos, sendo que o propósito é continuar a fazer crescer esta lista até ao lançamento. Mas a ambição não se fica pela expansão geográfica, uma vez que a startup nacional quer chegar atingir dois milhões de clientes ativos até 2026, ter receitas superiores a 40 milhões de euros e ter um volume de vendas de mais de 300 milhões de euros.
É no modelo de incentivos que os fundadores da Bloop acreditam estar a inovação. Com o marketplace a permitir aos seus utilizadores ganharem até 10% do valor da compra que fizeram ao recomendarem o produto através de uma publicação. Existe ainda a vantagem de ganhar até 5% no caso de uma venda, valor que se vai multiplicando conforme o número de vendas através do perfil desse agente.
Mas não só de produtos viverá esta plataforma e Francisco Rodrigues afirma que estão a preparar a introdução de experiências e restaurantes.
O objetivo final passa sempre por os utilizadores partilharem as suas experiências com o produto ou experiência, de forma mais honesta possível. Sendo que também serão avaliados nas suas recomendações perante a experiência de quem as segue.
De forma a evitar fraudes e para segurança de todos, os utilizadores têm um prazo de 30 dias para partilhar as suas compras e o crédito destas partilhas só é entregue 15 dias após a compra. Existirá então uma carteira onde é creditado o dinheiro destas partilhas e recomendações, o que garante que o dinheiro continua a circular dentro da Bloop.
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