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Startups estão mais otimistas sobre a crise mas admitem só ter capital para seis meses

Estudo concluiu que 55,7% das startups com escritórios em Portugal optou por solicitar os auxílios específicos para o empreendedorismo, como o “StartupRH Covid-19”, o “Startup Voucher”, o “Vale de Incubação”, ou o “Mezzanine funding for Startups”.
21 Maio 2020, 11h15

As startups com operação em Portugal estão mais otimistas em relação ao impacto do novo coronavírus no seu negócio em relação à ideia que tinham em março, quando mais de 40% admitia o encerramento de portas, segundo o estudo “O Ecossistema de Empreendedorismo Português e a Covid-19 – Análise do Impacto”.

Agora, mais de metade (52,46%) destas empresas espera que as vendas melhorem nas próximas semanas e 82% dos gestores não realizou cortes nos salários e 91,8% não está a planear fazer despedimentos nos próximos três meses, de acordo com uma sondagem realizada pela consultora Aliados Consulting em parceria com a agência de comunicação de tecnologia FES Agency.

Depois de reunirem respostas de 61 CEO e fundadores de startups com escritórios em Portugal, as empresas concluíram que há mais startups que admitir estar a sentir efeitos positivos desta crise (13,1%), nomeadamente as que operam na área da saúde ou da educação.

Porém, a situação pode alterar-se, uma vez que a falta de liquidez persiste. Quase metade (49,2%) confessou ter até seis meses de capital disponível, “o que significa que o prolongamento desta situação pode ameaçar seriamente a sua sobrevivência”, pode ler-se neste documento. Para solucionar o problema, as startups (72,13%) estão a procurar soluções alternativas de financiamento – à parte as sociedades de capital de risco – como a banca ou fundos comunitários (Portugal 2020, por exemplo).

Em relação aos apoios apresentados pelo Governo no Estado de Emergência, só 11,5% das startups disse ter recorrido ao lay-off simplificado, uma vez que a maioria (55,7%) optou por solicitar os auxílios específicos para o empreendedorismo, como o “StartupRH Covid-19”, o “Startup Voucher”, o “Vale de Incubação”, ou o “Mezzanine funding for Startups”.

O relatório, que teve por base entrevistas realizada entre os dias 27 de abril e 6 de maio de 2020, chegou à conclusão de que a StartupRH Covid19” – um apoio financeiro através de um incentivo equivalente a um salário mínimo por colaborador (até a um máximo de 10 colaboradores por empresa – é aquela que reúne mais empatia por parte dos empreendedores, com 36,06% desta amostra a considerá-la “relevante” ou “muito relevante”.

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