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Startups ‘lutam’ pelo maior reconhecimento do empreendedorismo português no Capitólio

São 10 as startups a concorrer para o prémio mais desejado deste ecossistema. Fábrica de Unicórnios de Lisboa dá espaço às startups para fazerem os seus pitches nos prémios de empreendedorismo.
21 Outubro 2024, 19h00

Um Capitólio recheado para ouvir os pitches de empreendedores que escolheram arriscar e que se propõem a arrecadar um prémio único: João Vasconcelos, Empreendedor do Ano.

Ambição não falta a este conjunto de empresários e empreendedores presentes nos Entrepreneurship Awards da Fábrica de Unicórnios de Lisboa. Foram 10 os participantes que subiram ao palco para apresentarem as suas criações, que englobam Inteligência Artificial (IA) ou aproveitam lacunas em mercados.

Antes das apresentações, João Rosado da Fábrica dos Unicórnios subiu ao palco para descrever um pouco do último ano: 250 startups apoiadas que fazem parte de todo o ecossistema, três distritos de inovação (Beato, Saldanha e Alvalade), mais de mil estudantes impactados e o desafio de inovação social que marcou o ano.

“A nossa missão é ajudar fundadores a nascer, crescer e tornarem-se globais”, apontou João Rosado a partir do palco, dando uma mão a quem planeia criar a sua startup. Neste último ano “vimos imenso crescimento”, disse, ripostando que o objetivo desta fábrica é “suportar o valor presente em toda a nossa cadeia”.

Por isso mesmo, a casa-mãe da inovação lembra que, enquanto incubadora, já apoiou 262 empresas de tecnologia, com 51% a apresentarem-se com fundadores internacionais. Foi também com este modelo que a Fábrica de Unicórnios ajudou a levantar 78 milhões de euros em capital.

Em termos das scale-ups, João Rosado apontou 148 aplicações num total de cinco programas. Em termos globais, foram angariados 309 milhões de euros.

Antes dos pitches chegarem ao lugar de destaque, João Rosado lembrou: “estamos aqui para eleger a startup mais promissora. Aquela que apresenta maior crescimento, maior impacto e mais futuro”.

Posteriormente, o palco viu inovação, tecnologia e vontade de fazer mais e melhor. Os mais sonhadores poderiam mesmo dizer que o pretendido é “mudar o mundo para melhor”.

Foi este o exemplo da Windcredible, que pretende trazer a energia eólica renovável a uma escala mais humana, à Jsonify que pretende automatizar e unificar toda a informação (milhares e milhões de links) disponíveis consoante o assunto pesquisado; mas também a WellMe.AI que quer mais que os relógios e anéis digitais medidores do sono.

E mostrando que o mundo pode ser ainda mais simplificado, a Framedrop subiu ao palco para mostrar que os short content (TikTok e Reels) são reis, mesmo que sejam gerados a partir de horas de conteúdo; ou a Tryp.com que consegue reduzir o gasto pessoal com a marcação de viagens.

A automação e autonomia da Noan, o controlo de emissões lançados para o planeta por parte da Emissium, o teste automatizado da Testewaves para evitar a perda de informação cruzada, a proteção de dados e comunicações da Quantumnova e o sistema operativo com IA na sua base da Spot.

São fundadores portugueses e estrangeiros, homens e mulheres, que dão a cara pela sua crença e pelos seus princípios. O que vão ganhar, além do impacto que já criam no mundo? Reconhecimento, apoio e parceiras. Mas acima de tudo, vão colocar Portugal no mapa como um ponto de partida para a inovação. Fica ainda outra questão: quem vai ganhar o prémio de Empreendedor do Ano?

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