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Subiu para 16 número de mortos no acidente com avião da Air India Express

O ministro da Aviação Civil da Índia, Hardeep Puri, disse, em comunicado, que o voo “ultrapassou a pista, molhada pela chuva, e desceu” a encosta, partindo-se em duas partes, após o impacto.
7 Agosto 2020, 21h44

As autoridades indianas subiram para 16 o número de mortos no acidente com um avião da Air India Express, depois de este aterrar no meio de chuva torrencial num aeroporto do sul da Índia.

Para além dos 16 mortos, há ainda 123 feridos, 15 deles em estado crítico, no momento em que as operações de resgate foram encerradas.

O avião, um Boeing 737 da companhia Air India Express, subsidiária da companhia Air India, proveniente do Dubai, com 191 pessoas a bordo, saiu da pista e partiu-se em dois ao aterrar no aeroporto de Kozhikode, no Estado de Querala (sul da Índia).

Desconhecem-se as causas do acidente, mas uma cadeia de televisão local apontou um problema no trem de aterragem. Nada, porém, foi confirmado oficialmente.

Uma tragédia semelhante à de hoje foi evitada por pouco, no mesmo aeroporto, há um ano, quando um voo da Air India Express sofreu um golpe na cauda, também ao aterrar, não tendo nenhum dos 180 passageiros sofrido qualquer ferimento, nessa altura.

A pista de aterragem, com 2.850 metros, fica no topo de uma colina plana com desfiladeiros profundos de cada lado terminando numa encosta de 34 metros.

O ministro da Aviação Civil da Índia, Hardeep Puri, disse, em comunicado, que o voo “ultrapassou a pista, molhada pela chuva, e desceu” a encosta, partindo-se em duas partes, após o impacto.

Uma investigação será conduzida pelo Gabinete de Investigação de Acidentes de Aeronaves do Ministério, disse Puri.

A área de segurança da extremidade da pista do aeroporto foi ampliada em 2018, para acomodar aeronaves de grande porte.

A área de segurança do final da pista responde aos requisitos da agência de aviação civil internacional das Nações Unidas, mas este departamento da ONU recomenda uma área de segurança (‘buffer’) que seja 150 metros mais longa do que aquela que existe no aeroporto de Kozhikode, de acordo com Harro Ranter, chefe-executivo do banco de dados da Aviation Safety Network .

O consultor de aviação do Dubai Mark Martin explicou que, embora seja muito cedo para determinar a causa do acidente, as condições das monções anuais parecem ser um fator relevante para entender o que se terá passado.

“Baixa visibilidade, pista molhada, base de nuvens baixas, tudo leva a uma ação de travagem muito difícil, que poderá ter provocado este acidente”, disse Martin.

O voo da Air India Express fazia parte da missão especial de repatriação do Governo indiano para trazer cidadãos de volta ao país, por causa da pandemia de covi-19, disseram as autoridades.

Todos os passageiros estavam a regressar da região do Golfo, disseram as autoridades, havendo a bordo 174 passageiros adultos, 10 bebés, dois pilotos e quatro tripulantes de cabine.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, escreveu na sua conta pessoal da rede social Twitter que estava “triste com o acidente de avião em Kozhikode” e que tinha falado com as autoridades locais.

O pior desastre aéreo na Índia ocorreu em 12 de novembro de 1996, quando um voo da Saudi Arabian Airlines colidiu no ar com um voo da Kazakhastan Airlines, perto de Charki Dadri, no estado de Haryana, matando todos as 349 pessoas a bordo dos dois aviões.

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