Subvenções: Depois de hecatombe, PS perde 1,3 milhões de euros. E os outros partidos?

As eleições legislativas do último domingo trouxeram significativas mudanças no mapa político e o seu impacto começa, desde logo, naquilo que os partidos recebem de subvenção. Derrotado nas urnas, o Partido Socialista (PS) é quem mais perde. Vai receber uma subvenção anual de 4,9 milhões de euros, menos 1,3 milhões em relação às eleições anteriores, segundo contas feitas pela CNN Portugal.

Do lado oposto, o Chega, partido que disputa com os socialistas o lugar de segunda força política (os votos da emigração vão desempatar), vê os cofres engordar 715 mil euros face ao valor anterior, subindo para 4,68 milhões de financiamento estatal.

Reforçada do ato eleitoral, a Aliança Democrática (AD) vai angariar 6,8 milhões de euros anuais, uma subida de 800 mil em relação às legislativas de 2024.

Quem também passará a amealhar mais com o resultado destas legislativas antecipadas é a Iniciativa Liberal (IL). O partido liderado por Rui Rocha vê a subvenção aumentar de um milhão para 1,15 milhões.

O Livre, que aumentou para seis a representação parlamentar, vê crescer a sua subvenção de 680 mil para 873 mil euros. A CDU (PCP/PEV) deverá receber 630 mil, quando no ano passado tinha uma subvenção de 685 mil euros.

O Bloco de Esquerda, outro dos grandes derrotado destas eleições ao conseguir eleger apenas Mariana Mortágua, vê a subvenção a cair dos 920 mil euros para os 415 mil euros. O PAN, que mantém Inês Sousa Real como deputada única, receberá 280 mi euros (em 2024 tinha uma subvenção de 340 mil euros).

O Juntos Pelo Povo (JPP), apesar de ter conseguido chegar à Assembleia da República elegendo um deputado, não terá direito a subvenção, já que para isso é preciso ter um mínimo de 50 mil votos (o partido nascido na Madeira teve pouco mais de 20 mil votos). Já o ADN, apesar de não ter conseguido eleger, teve  78.914 mil votos, pelos quais receberá uma subvenção de 275 mil euros.